quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Casar "pra valer" depois de morar junto - A mesma coisa! Completamente diferente!


Os dias vão passando.. a gente encontra as pessoas e agora tem duas coisas que mais ouço toda vez que estamos eu e o Rafael tentando comprar um litro de leite por menos de 3 reais e aparece algum amigo, algum conhecido: 1) e o bebê vem quando?? e 2) mas vocês já eram casados, né? não mudou nada então... Sabe aqueles momentos doces que a gente passa? Eu não ligo, sério, não ligo de ficar ouvindo as mesmas coisas e não ligo da pergunta do bebê ser clichê. Depois do bebê vão, obviamente, perguntar "e quanto vocês vão dar um irmãozinho?" rss As pessoas nunca estão satisfeitas, a novela precisa andar. Bora, gente! Bora parir crianças! Bora viajar pra Paraty nas férias e pra Araruama no feriadão!
Mas a coisa 2 me deixa sempre um bocado intrigada. É... Já éramos casados antes, amigados na fé, concubinados. Então... não mudou nada.? Olha: nada mudou. Tudo mudou. Tudo é como antes, mas é totalmente diferente agora. Sinto que depois do dia em que reunimos todo mundo, em que a juíza falou coisas, assinamos papéis, demos abraços, jogaram bolinhas de sabão em nós... como tudo poderia continuar igual? Não podia e não está sendo. Casar de verdade, no duro, pro bem ou pro mal, fez nosso relacionamento dar um cavalinho de pau no meio da estrada e começar qualquer coisa nova. Pra qual caminho?

Ouvimos causos de gente que fica um tempão amigado e é muito feliz assim mas então, sei lá, resolve casar e, às vezes em questão de meses, estão separados. Anos de convivência, longa data e a gente se pergunta; o que foi que aconteceu?? Tenho um tio que diz que a água benta tem mandinga separadora. Mas e se o casal é judeu? É protestante? É hare krishna? Todo casal de qualquer credo está sujeito a essas coisas, então. Li uns meses antes do casamento no Off Beat Bride umas boas teorias a respeito, aquilo ficou martelando, daí fico agora pensando que, morando juntos, a coisa parece correr quieta e solta, mas aí, quando surge a proposição de casar, de publicar tudo aquilo que era assunto só de dois, as expectativas dão as caras: depois que assinar esses papéis, que nos disserem palavras sagradas... depois vai ser pra sempre, né?

Por mais que a gente racionalize, o peso da ideia do pra sempre é muito forte. Socialmente falando, historicamente falando, estamos imersos até o pescoço nessa ideia da eternidade do amor. Não dá pra mudar. Crescemos lendo, assistindo filmes, ouvindo canções, flertando com mitologias que falam forte disso... Estava aqui antes de nós, é parte integrante do Ocidente, imperativo, infugível. Durkheim gotta love, como cês sabem. Bem, mas aí tem quem não lide bem com isso de ficar na beira desse abismo inevitável e olhar lá pra baixo, ver a imensidão dessa aposta: apostar no amor, no seja o que deus quiser, em cafés da manhã, brigas, carinhos, engorda-emagrece e desejos. Não lido melhor do que a maioria com isso. Tenho certeza de que o Rafael também não.

De cara, fiquei WOW/DIGDIN DIG DIN sou uma senhora respeitável agora! Aliança na mão esquerda! As vendedoras me tratam melhor agora, meus pais me olham diferente, os professores doutores, os cobradores do ônibus. A aliança na mão esquerda, esse símbolo simples e besta que todos compreendem bem do que se trata: ela é uma senhora, ela não é mais Capitu, ela é DONA CAPITOLINA (que mocetão!).
Nas primeiras semanas eu tava ali incomodada com aquele troço na minha mão, parecia que tinham me colocado aparelho ortodôntico novamente, ficava alerta, tem um troço intruso no meu corpo TIRA! TIRA! e o Rafael tirava a dele também, punha na caixinha, dizia que dava angústia. Dá angústia. Passadas 4 semanas, a sala ainda atrulhada de enfeites, o bolo ainda no congelador, estávamos distantes e confusos.
O que houve? Eu não sei. Nos vimos de repente num lugar bacana diante de muita comida cheirando muito bem, ele me chamou pra conversarmos e eu preocupada com o frango resfriado que tinha acabado de comprar, tinha que levar pra casa: não vai estragar? Mandei a cabeça calar a boca, isso aqui é importante. O que houve?
- Alguma coisa mudou, ele disse, e eu fiquei nervosa.
- Você está me assustando
Não que tivesse mudado pra ruim, ele emendou logo. Simplesmente era uma bigorna caindo na cabeça e nela estava escrito que AGORA VOCÊ É UM CHEFE DE FAMÍLIA, UM HOMEM, AGORA SAIA DESSA CAVERNA E VÁ MATAR MAMUTES.
Os homens possuem suas fases, mas é engraçado como é permitido que permaneçam sendo meninos. Muda é o preço do brinquedo. Mas, um belo dia, são tragados por algum puteiro, por uma garrafa de wisky, pela entrevista de emprego que é a oportunidade da sua vida e agora é pra valer. O casamento é desses marcos. Acho que pra gente é diferente porque a gente brinca de casamento da Barbie, de filhos, de fazer comida. Homens não brincam de casinha.
Don't panic. Estamos juntos há quanto tempo? E por quantas coisas a gente já passou? Quantas coisas fizeram esse tempo curto de um ano e não sei que, dois anos, multiplicados em minutos e horas intensas, eternas? Não tinha como passar por tudo aquilo de escolher bolo, encontrar um lugar pra casar, pagar o cartório, fazer fengshui com as família, engolir situações detestáveis, escolhas difíceis e tudo permanecer o mesmo?

O casamento é um ritual traumático. É passar pelo fogo das próprias expectativas, das expectativas das outras pessoas que a gente vai e enfia no meio de algo que só dizia respeito a duas pessoas. Todo mundo agora espera alguma coisa de nós. Talvez filhos, talvez fidelidade, talvez que compremos um cachorro, talvez que vejamos Paris juntos, e que enriqueçamos, engordemos. O mundo sempre dará boas vindas aos amantes, nunca ninguém vai se cansar de estúpidas canções de amor, há sempre um voto das pessoas, seja de fé ou de descrença, mas estarão lá esperando os desdobramentos dessa novela íntima que, no ato do casamento, tornamos pública.

Tem valido a pena todos os gastos e stress e pirações e dar comida prum monte de gente que vai sair falando mal*. Toda a super-exposição, todo o trauma. Fizemos essa aposta pública de que queremos estar juntos pra sempre. Como aos poucos a aliança parou de angustiar, você vai e se acostuma a viver com o abismo embaixo do pé. A gente volta pra mesma casa pra onde a gente já voltava antes, mas é diferente... Tudo mudou mas a gente tá sabendo que é a mesma dança, e a gente dança o mesmo velho Sinatra cheek to cheek; quero aprender novos passos. É difícil, é imprevisível, e se acabar? Vai doer? Aposta, máfia, aventura... me importa continuar dançando.

*nêgo adora dizer que não vai fazer festa porque saem falando mal. baby, se você convida gente escrota pras tuas comemorações, você está fazendo isto errado.

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Sempre voltando só pra dizer que tô vivona....

... mas não continuo o tum tum do coração, né??
Gente, tá impossível no momento. A dissertação+aulas tem sugado minhas forças e o que fica vou reservando pras noivas... Mas quero dizer que jamais as abandonarei, JAMÁS! Se alguém perguntar por mim, diz que eu tô por aí no facebook e no twitter, além do email! Portas e coração sempre abertos.

Agora, escutem, falei de "pras noivas", então, já estou com o bloco da assessoria de casamentos na rua! O nome:

essa é a prévia da nossa logo! *^_^* (eu que fiz A NÍVEL DE rabisco)

Não é cerimonial, nêgas, eu não me atreveria a dizer isso que não tenho cacife pra organizar padrinhos ou fotos com as avós, é realmente uma ajuda na formatação dos conceitos, das formas, cores, vestidos, fornecedores com focos básicos em:

1. fazer um casamento que tenha a ver com a personalidade do casal;
2. buscar alternativas de coisas e formas em meio a um mercado por vezes frustrante;
3. buscar alternativas de custo;
4. colaboração e envolvimento;
5. keep calm and carry on

Por conta da proposta de um acompanhamento de pertão mesmo , só estou fazendo, por enquanto, 1 (huma) noiva por mês. Interessadas que queiram saber das disponibilidades e/ou conhecer melhor o lance... escrevam!!!

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Lembrancinhas bacaninhas!! Bloco de notas em formato de fruta


Morenas sestrosas, estou envolvida nuns projetos aí pra melhor atendê-las, por isso o silêncio. Caso role dúvidas, tô bem tô respirando! Qualquer coisa, gritem lá no twitter - @prill

Enquanto isso, dêem uma olhada nesse puta achado do DealXtreme que cabe belamente como lembrancinha. São blocos de anotação em formato de frutas, tem melancia, pêra, maçã custam por volta de $1,85 com FRETE GRÁTIS. Mas, ó, se for comprar tem que ser com antecedência porque a média de tempo da ponte arérea China-Brasil é de 2 meses! Pra quem tá chegando agora, apenas never forget que pra usurfruir aí das fofuras da vida importada as senhoritas precisarão de um cartão internacional.
Pra quem tem paypal... beleza, né? Acho uma grande solução pra quem não vai ter tempo/saco de aprontar lembrancinhas mais artesanais ou tempo/saco de bater perna nas ruas.




quarta-feira, 19 de outubro de 2011

E o noivo vai como?? Parte 2

RUN FOR YOU LIFE!---------------


IMPORTANTÍSSIMO: beleza que estamos falando aqui da sua individualidade e tal, mas sou contra isso de sair dando bicuda na opinião de todo mundo. Porque sua noiva tem que te achar bonito, tem que te olhar e falar taí meu homem, tai meu boy magia e é pensando nisso que ninguém aqui vai fazer a sacanagem de escolher um lance que não tem nada a ver, que vai fazê-la chorar, encher a cara de cachaça das frustrações e se apegar num pole dance com as pilastras da igreja cantando aquela do Radiohead: you had to piss on our parade.
Acordo e bom senso não é verdade?

É certo que isso vai de cada casal. Cada casal conhece sua dinâmica, sabe até onde pode ir com o outro, até que ponto pode ceder, em que termos as negociações são feitas e isso é sempre único e insondável; só o casal sabe. Só acho, e me perdoem o tom pedagógico-cagador-de-regra) obviamente legal que tudo seja bem conversado e esclarecido antes pra não dar merda no dia porque, acreditem, taí um momento na vida das pessoas onde pequenas coisas podem provocar merdas cataclísmicas.

Sobre acessórios, o que tem pra dizer é o seguinte: é possível e é divertido. Seja pro dia do casamento em si ou seja pra festa, pra depois cês fazerem umas brincadeiras. Ludicidade e diversão devem ser a chave. No fim, o que ficam são esses momentos tolos, simples e clichês, construídos em cima de pequenos detalhes e de pequenas delicadezas.

O casamento pode soar como um momento ridículo pra maioria dos homens, digo, o circo do casamento e isso é muito compreensível. Vocês são deixados de fora, o casamento é da mulher, isso é fato. É ela quem tá sendo entregue (antropologicamente falando) mas vocês são os recebedores, e o ritual de passagem é pros dois, não é um ritual só de 1, muito pelo contrário, é social e familiar, é poderoso e até doloroso. A vida do homem é também profundamente afetada por essa nova condição jurídica, por essa nova mulher, por essa superexposição circense. Enfim.. quero dizer pra enjoy, enjoy galera porque amar é clichê e dá vergonha mesmo. Se tá no inferno, abraça o capeta, pega um chapéu bacana, faz o Bogart e vai ser feliz.


Objetividade: what the fuck do i wear?
Chapéu
Cara, todo cuidado é pouco na hora de acrescentar chapéu à roupa. Nem todo chapéu tem a ver com casamento, nem todo chapéu harmoniza com o resto do traje. Então não inventa, PROCURE ALGUÉM QUE ENTENDA MINIMAMENTE DO ASSUNTO, coloque a roupa e o chapéu e pergunte: tá legal Y/N? Cada corte de roupa remete a uma época e a um estilo/tendência, a mesma coisa acontece com os chapéus (formatos, materiais, cores). Agora, se você entende e já tá escolhido o boné do AC/DC então é contigo, sustenta. Na verdade, o acessório mais importante de todos é o carão.

Gravata
Nunca! Nunca use daquelas gravatas com nó pronto!! Não é ditadura da moda nem to sendo Glorinha Kalil, é só uma questão de pelo amor de deus, gravata de nó feito é pra usar no carnaval, é coisa de garçom cansado. Só não vou dizer que o mesmo vale pras gravatas borboleta porque quase ninguém sabe dar aquele nó, mas dê sempre preferência pelas gravatas de verdade, não às gambiarras. As gravatas sem nó (borboleta ou não) são mais encorpadas, são feitas de melhor tecido e possuem um acabamento milhões de vezes superior.

Suspensório
Suspensório de verdade, a preços cristãos, só em brechós. De verdade, porque aqueles que prendem com grampos, sabem, são pra ocasiões informais, é pra quando você for um tiozão tranquilo morador de Sampaio Corrêa e for pra praça jogar seu gamão de domingo com o jornal debaixo do braço, não é pra solenidade casamentística. Infelizmente não é fácil achar. O Rafa conseguiu emprestado o dele com uma amiga figurinista, é daqueles que prendem dentro da calça com botões. Ok, se não tiver jeito, use o de grampos, mas tenta achar o do grampo preto. Aliás, os de grampo não costumam ter umas estampas legais, isso eu não sei dizer porque.. Um lugar onde se encontram suspensórios (de grampo) a preços delícia é na Mr. Fortune; há várias lojas espalhadas pelo Rio, mas eles não tem site, não tenho como consultar gente...

Colete
Na Renner tem coletes!! Só atenção pro tecido e, pela milésima vez, para o ajuste, para o acabamento. Compra na Renner, compra na C&A, mas vai num alfaiate e ajusta porque coisa mais triste você aparecer no seu casamento vestido de Luan Santana. Aliás, você tem homens-exemplo?
Sapatos
A escolha do sapato masculino é uma quebra de paradigmas! É dificílimo! Se o cara é da turma do adidas e do allstar então a coisa complica na hora de se meter num sapato de verdade. Olha, pros homens que só usaram sapatos sociais no dia do bar mitzva e nunca mais, meu único conselho viável é se embrenhar nessas sapatarias antigas que fabricam calçados. Não que você vá comprar um sapato lá, mas os vendedores dessas raríssimas lojas são homens sábios de absurda experiência que com certeza ficarão contentes em ajudar (principalmente se você comprar). Dão dicas de formatos e proporção olhando pra você, pro seu modo de andar, pro tamanho da sua cabeça, pra tudo. Pros meninos do Rio, não há lugar melhor que aquelas sapatarias da Marechal Floriano. Os caras chegam a te emocionar, é muito macho e bonito tudo.

Quem for optar pelo tênis mesmo, só é importante estar atento à textura e ao formato da calça, bem como o comprimento da mesma. O converse pede uma calça mais justa no corpo e a consequencia vai ser um lance meio banda britânica. A lapela faz toda diferença pra compor o visual, dá um contraste muito doce. Mas se quiser calça mais larguinha pode também, sei lá teu gosto. Mas aí poe um cinto legal pra equilibrar.

Lugares
Tentando ajudar o Rafa e aos meus padrinhos, encontrei muitas lojas interessantes onde dá pra achar acessórios, roupas e serviços. Também acho qeu vale muito a pena dar uma catada no guarda roupa do seu tio, do seu pai.. nos anos 60 e 70 os homens eram muito mais antenados, verdade seja dita. Ok, menos o Gabeira de sunga de crochê.

TNG - É uma loja legal. Dá uma passada, olha as coisas. Eles tem traje passeio completo à preços módicos (trezentos paus tá bom, não tá?) e oferecem alfaiate que ajusta tudo no seu corpo a preços mais módicos ainda. Mas vai com antecendência fazer isso porque se não o máximo que eles dão é um vale desconto pra você ir ajustar a roupa em costureiras afiliadas. Tem muita peça que não se acha fácil, tipo gravata slim estilo Pulp Fiction, sabe? Não é barato, mas vale a pena. Eles também tem uns cardigans show de bola.

RICHARDS - A Richards me lembra a TV Macho "é roupa pra homem, mas pra homem que se garante". Eles têm uma pegada muito ousada e arrojada, mas se a ideia é vestir um noivo porque eles não são especializados nisso, eles sao mais estilo festa no iate. É preciso combinar as peças com outros elementos (como blazers e gravatas) pra que elas fiquem com cara de casamento. Especialmente as camisas com textura me chama a atenção, são muito século XXI. Pode preparar o bolso e o coração pros preços, mas com certeza tudo lá dá pra usar depois na vida. Ah tá, mas se você for casar na praia, manda ver!

EMPÓRIO DO HOMEM - Esta só tem no Rio. Acessórios e ternos a precinhos convidativos!

ATACADÃO DAS GRAVATAS - Também é do Rio, mas tenho quase certeza de que vem tudo de São Paulo. Eles têm um acervo absurdo de gravatas, mas a melhor época pra comprar é próximo do carnaval, quando eles enchem os estoques. Fica num sobrado insuspeito, R. Buenos Aires 243.

MR O'BAY- ChapeúChapeúChapeúChapeúChapeú. Tem tanto chapéu que você vai passar mal. É chapéu coco, cartola, panamá (de várias espécies e cores). Não é barato! O preço é preço de chapéu bom. Mas, olha só, vê aí quanto tua mulher tá gastando no vestido e se pergunta: ela pode gastar três mil só no vestido mas você é obrigado a usar chapéu de borracha da Antártica? Zueira isso aí. Mas, olha só, eu só vi esse acervo legal na OBorn da Saara, na outras não. Também tem outros acessórios que dão pra usar na festa, sei lá, pra você fazer um tipo, uma bossa-nova.

panorama contemporâneo e/ou cool-------------

panorama tradicionalzão e/ou clássico-------------------



noivos steampunk: coisa linda

fã de Motörhead?


terça-feira, 18 de outubro de 2011

Comunicado URGENTE sobre a venda do vestido

Moças e mocinhas!
Devo dizer com uma tristeza no coração que o vestido está praticamente vendido. Digo praticamente porque ainda não tá nada sacramentado, mas depois que a Sammia colocou o anúncio do vestido no Casando Sem Grana, recebi uma pancada de emails desesperados pedindo informações ou pedindo pra vir aqui em casa ver (aproveito o ensejo pra deixar meu muito obrigada à Sam!) e acontece que vai ser humanamente impossível negociar com todas as interessadas. Resolvi então fazer assim, pegar as 4 primeiras noivas que me escreveram e vou seguir com elas. É uma tentativa de justiça.
Queria muito ter 90 vestidos baratinhos aqui, minhas queridas, mas infelizmente...

São elas:
1 - Rafaela Machado
2 - Juliana Lima
3 - Catherine Patrícia
4 - Nataline Gomes Pinheiro

Atenção: nenhuma delas é do Rio, portanto pode ser que todas desistam. Nesse caso, vou chamando as próximas da lista.

Mas, escutem, me escrevam, a gente dá um jeito! Eu apoio inteiramente a compra de vestidos no exterior, como vocês sabem. Deem uma olhada nesse aqui, por exemplo, esse Liz Fields. Tá custando 240,00 dólares! Ele era minha segunda opção, mas acabou que fiquei balançada pelo saia de nuvem. Enfim.. não se aborreçam não! Ah sim! E procurem a Wendy, a costureira que fez pra mim que já tá testada e, pelo retorno de vocês, aprovadíssima!

Quero também explicar meu silêncio durante o dia de hoje, é que tive um seminário na UERJ e depois uma reunião de trabalho (um bico na Rio Comicon ho ho ho!) de modo que só cheguei há pouco. Espero que as que me escreveram aos gritos-capslock estejam passando bem! Sei o quanto essa coisa de vestido mexe com a gente, e sei que falavam sério nas suas mensagens desesperadas.

Beijo imenso

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

trash the dress: dance dance dance

~vou dançar e panz ~


porque não resisti: trash the dress por fabio moro. paineiras - rj

E o noivo vai como? (ou Noivo acessório: até quando?) parte 1

prque, sinceramente, se o noivo é um acessório, então que seja uma bolsa victor hugo, um manolo blahnik

Minhas senhoras, eu tenho uma dúvida: porque é que a gente demora 1 ano escolhendo vestido, mantilha, brinco, o cacete e na hora de ver a roupa do nosso homem a gente vira e diz
- Ah! Mas roupa de homem é fácil! E a sua mãe vai e diz:
- Ninguém tá lá pra ver o noivo! E aí seu noivo diz:
- Eu visto o que ela mandar! E aí você diz:
- Beleza, já montei um look pra você, agora com licença porque preciso fazer minha décima nona prova do vestido.
Gente! É dúvida e é confissão. É algo que volta e meia me pergunto e me envergonho; o Rafael só resolveu a roupa dele 4 dias antes do casamento. Na verdade, a camisa ele escolheu no dia anterior quando até então a resposta que ele dava pra "e aí, você vai como?" era:
- Eu vou pelado.
É necessário autocrítica, é necessário a noiva sair do umbigo-bunker em que nos enfiam (ok, onde nos enfiamos) pra questionar esse tipo de comportamento. É sério que estamos vilipendiando a identidade e a individualidade dos nossos homens dessa forma?? Porque parece que ficou vetado à eles opinar, decidir, pensar por eles mesmos. Os noivos estão virando Kens, a verdade é essa. Meu país: diz por quê?

Bem, vamos lá, vou usar meus dotes de historiadora. O lance todo é que a moda masculina evoluiu sempre de maneira lentíssima. Os modos de vestir, os usos, as práticas, os acessórios... se vocês olharem com atenção, há poucas viradas radicais no vestuário masculino ocidental (maoooeee ocidente!): os romanos eram gatos garotos de túnica, os medievais curtiam mangas bufantes, os bandeirantes paulistas se embrenhavam nas florestas usando ceroulas e casacos de algodão, o homem moderno morria mas não saía sem seu chapéu, o homem moderno usava gravata, o homem moderno só usava cinza e preto. Os ingleses piram com xadrez. Seu pai casou de boca de sino, seu noivo às vezes vai de gola V trabalhar.
Agora, sério, façam uma tentativa de traçar essa genealogia-zuera com roupas feminas. Tem como?

Mas, vejam, é absolutamente interessante que a roupa dos noivos, ao menos a que a gente vê sempre nas lojas de aluguel, sejam as mesmas desde mil novecentos e lá vai fumaça! Os noivos de hoje tão usando a mesma coisa que o Ken usava nos anos 90!! Meu deus!! O cara não tem pra onde se mexer porque se vê obrigado a usar aquela gravatinha focale (tipo um lenço, sabem qual é?) preso com grampo. Por que? Sim, É PORQUE QUEREMOS CASAR COM O KEN e caguei se você não queria isso, veste, calaboca e casa.

que cosa triste

Não, sério, devo dizer que não é sem frequência que ouço ou vejo as noivas falando coisas desse tipo, acho que vocês vão concordar comigo. Fico sem graça, mas não vou me meter... me meto por aqui. Acho que já passou da hora de admitirmos que nossos homens possuem hoje liberdade, opções e conhecimento do que serve pra que, o que cada roupa quer dizer, ou seja, qual é o dress code quando ele resolve que vai usar gravata borboleta com allstar preto. Os homens hoje tão podendo se expressar e expressar suas identidades; vamos parar de obrigá-los a andar pra trás na hora em que viram noivos. Então, minhas caras, essa postagem é mais pros noivos, é também um pedido de desculpas ao meu homem e também uma tentativa de responder às meninas E MENINOS que perguntam sobre a roupa do Rafa.

Meu querido, cê é noivo e todo mundo diz que ninguém tá indo pra ver você? Cê se sente desrespeitado em sua identidade? Então senta aí, que to no maior apoio a vocês, vamos ver o que é que dá pra fazer.

Bem, em primeiro lugar, meu amigo, o drama é que se você tá decidido a sair um pouco dos padrões, sair daquela dobradinha terno cinza chumbo com gravata prateada e embalar algo mais século XXI, cê tem que esquecer essas lojas de aluguel. Meu, eles tão parados no tempo! Na verdade, sinto até uma má vontade do cacete na hora de atender os noivos, mandam pegar qualquer coisa e muitas acham desnecessário fazer ajustes ao corpo do pobre diabo o que acaba dando aquele efeito "o defunto era maior do que você". É certo que, na realidade das coisas, alugar parece ser a solução mais ajuizada e viável, mas me deixem dizer por que: é porque nessas lojas de aluguel os caras disponibilizam justamente essas roupas da década retrasada. São justamente aqueles trajes do Ken, da década retrasada; ok, às vezes é um negócio legal, mas, majoritariamente, são ternos que pouco têm a ver com a realidade dos nossos dias e que, se comprados, só seriam usados duas vezes: no dia do seu casamento e no dia do seu velório. Tá dando pra acompanhar? Alugar parece razoável porque as pessoas sabem que aquela roupa nunca mais vai ter utilidade. Ela é.. uma fantasia! Tudo bem que o vestido de noiva também é uma fantasia, mas, ao contrário dele, as peças masculinas possuem aplicação cotidiana. Dá pra usar noutras vezes. Tem é que saber comprar.
Mas, afora isso tudo, o mais importante é ter em mente o seguinte:

1. vou me sentir um babaca usando essa roupa?
2. tanto a parte de cima quanto a parte de baixo estão ajustados ao meu tamanho?
3. há chances deu usar isso aqui novamente?
4. o tênis que usei no show do Angra tem aparência digna?
5. acessórios: tô afim?

Olha só, se você acha que vai se sentir um babaca, um zé, esquece! Esquece! Mas pra você saber disso você vai ter de vestir. Com grandes poderes vem grandes responsabilidades, não dá pra ficar de preconceito ou preguiça nesse momento. Não ser um pau mandado exige esforço. Vamos pensar assim, se volta e meia você lê a Trip, a Men's Health, a Playboy, então não é um energúmeno em matéria de moda; se não é mais sua mãe quem escolhe suas cuecas, cê tem alguma mínima noção do que te cai bem. Comece daí. Comece a refletir a partir da roupa que você usou na formatura do seu primo, no casamento do seu chefe, nas roupas que você seleciona na hora de ficar mais charmoso e etc. Pesando os prós e contras do que você usou nessas ocasiões, resolva o que você quer repetir ou que nem fodendo vai rolar no seu casamento.

Ajustar
Nada mais horrível e desonroso do que um noivo usando uma roupa que não cabe nele, ou que não é pro seu tipo físico. Não quero ficar me repetindo, mas é sacanagem você iniciar um novo momento da sua vida - no caso dos noivos de primeira viagem, entrar para o rol dos homens sérios - vestido com uma roupa que não foi você quem escolheu e/ou que nêgo nem se preocupou em apertar ou alargar conforme suas necessidades anatômicas. Eu diria que isso é coisa de viadinho, mas os viadinhos escolhem suas próprias vestes com conhecida perícia.

Se usar novamente é uma chave, seu trabalho conta muito: advogado? pastor? Veja o que você poderia usar novamente nas batalhas de la vida. Você não anda engravatado todo dia, mas acha importante ter um bom terno no guarda-roupas pra ocasiões futuras? Então invista nisso.
Bom, mas aí se você é um cara despojado, seu escritório é na praia, então os caminhos serão ou o aluguel ou o da escolha de uma roupa bacana, mas que não fira os seus princípios do vestir cotidiano. Nesse caso, podemos pensar em:
a) comprar uma roupa bacana ao teu estilo sabendo que pode ser difícil e/ou não barato, mas que vai ter utilidade futura com certeza
b) pedir emprestado de um amigo ou parente e MANDAR AJUSTAR
c) decidir não usar coisa social, usar algo mais dentro do seu estilo hippie, grunje, afro ou steam punk, world of war craft

Ué? Por quê? Não pode? Sua mãe vai chiar? Sua noiva/namorada/concubina vai chiar? Galera, paciência, tá escolhendo casar contigo ou com um personagem? Aliás, esse é o cerne da questão! Noivo acessório: diga não!

Se ce tá numa vibe não-convencional, então se prepara porque o caminho é longo e árduo, mas possível. Vai ser extremamente importante você ter alguém em cujo bom gosto se possa confiar, além da sua noiva, porque ela já tá com muita coisa na cabeça e talvez espere que você exerça sua independência! Pode ser uma amiga fashionista, uma prima, um amigo gay. Você vai precisar de quem te auxilie, quem cate coisas e lojas que você não terá tempo/saco pra catar. O Rafael foi ajudado por duas amigas de infância. Elas foram umas santas! seguem aí em baixo as fotos que elas tiraram dele pra entender o que funcionava e o que não funcionava. AH SIM!! DICA ESSENCIAL: fotografe-se! Não dá pra saber olhando no espelho qual o efeito que a coisa tá tendo. A fotografia te proporciona a visão panorâmica da roupa+ambiente e ajuda a perceber se se está à vontade com a escolha ou não.


AS EXPERIMENTAÇÕES DO RAFA
(em ordem de tentativa)



(Continua na quarta-feira, dia 19/10/2011)

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Coisas pra dar e vender: levem o que sobrou aqui em casa

ME LEVE!


Morenas e moneras, como comentei no post passado, a casa tá aqui cheia de coisas do casamento de que ainda não consegui me livrar por conta da falta de tempo e da preguiça crônica em anunciar (Freud, cê acha que é uma tentativa de permanecer atrelada ao estar casando?). Além de dar cabo de tudo, acho que esse pequeno bazar tem tudo a ver com a ideia de fazer um casamento econômico, onde as coisas são reaproveitáveis não só pra outros casamentos, mas pro que mais a gente quiser inventar. Bem, então é isso, seguem as coisas que tenho para dar e vender, com as respectivas descrições. Sim, dar. DAR! O que é que eu vou fazer com um bolo de biscuit, gente?? Levem! Levem! E o vestido? Não é possível que nenhuma noiva queira, não posso acreditar. BOLO
Olha, se vocês não quiserem usar prum casamento, pode servir pra aniversário de criança! Ele é verde e rosa, com poás. Não é difícil imitar as cores pra fazer o terceiro andar. Vintage-fofo.
Preço: DE GRAÇA (se você morar fora do Rio, paga só a encomenda, beleza?)


LANTERNAS ORIENTAIS São um charme! Era um sonho compor com as bandeirinhas, no jardim... mas choveu :( Podem dar mais sorte em outras paragens. Estão praticamente sem uso, portanto. Comprei no TheKnot.com e estou vendendo à preço de custo. Sei que, à princípio, pode parecer caro, mas na Saara cês vão encontrar ao triplo do valor, vão por mim! Tá caro não! Levem! Levem! São 15 lanternas de papel nas cores sálvia (um verde fraquinho), amarelo pálido e fúcsia. Elas medem 10'' (25cm) e suportam lâmpadas de até 40w.
Preço: R$ 5,00 cada
sendo 4 amarelas, 6 rosa fucsia e 5 verdes


VESTIDO DE NOIVA Vestido comprado pelo etsy.com, foi feito por uma costureira de Nova Jersey, a Wendy. A parte de cima é um drapeado feito de cetim mate e a parte de baixo é toda de tufinhos de tule. O bojo vem com enchimento+barbatana e a medida do busto é 44. Se a noiva quiser, pode apertar ou tirar o enchimento ganhando mais espaço pros peitões. Assim, no geral, acho que dá pra dizer que o manequim é 38, mas tenho costas largas e meço APENAS 1,75m. Vem com anágua dentro! Está sujo, como vocês podem imaginar, mas o esquema é lavou tá novo!!!
Preço: por R$450,00


TOCHAS Não me peçam pra entrar em detalhes, mas jurei por deus que precisava de tochas e comprei umas num momento de histeria. São de bambu e plástico, são super tendência na novela das 9 e, pra quem tem um quintalzinho, dá pra brincar de lual :)
Preço: R$ 5,00 cada


TOALHAS DE MESA São toalhas imeeeeeeensas feitas de gabardine cor areia (eu acho que é gabardine... agora não lembro). Elas foram usadas para cobrir mesas de 2,20x0,80. Se você tem ou conhece alguém que tenha casa de locação de itens pra festas, me escreve! São 7 toalhas mas, como são grandes, pode-se cortar em mais um monte.
Preço: a conversar

mais imagens -> aqui ó

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

nuestro trash the dress: vídeo cheio de bossa


Daí eu já não saía de casa mais pra nada e tudo que queria era retomar a vida, as coisas, os cuidados com a casa. Nesse sentido, o trash the dress foi essencial. Acho que porque foi tudo muito intenso, precisava de um fim, de um ponto final e falei com a Clara e com o Fabio que não queria esperar mais, que estava cansada e que precisava voltar no raio da ortodontista pra recolocar o aparelho nos dentes.
No dia do trash estávamos mortos de cansaço. É que vocês não imaginam, nesse ínterim de ausência, saiu o resultado dum concurso pra tutor do CEDERJ e fui chamada (!) de modo que dou aulas/tutorias láááááá nas highlands de Bacaxá (15 minutos de Saquarema, 1h50 daqui de casa) junto com o Rafael, que já era trabalha lá faz quase um ano. Somos colegas de trabalho agora! Experiência muito enriquecedora é o relacionamento visto por outro ângulo.

Mas, daí, o trash, então, no dia a gente tava um bagaço por conta dos deslocamento, mas às 7 da manhã távamos firmes e fortes rumando pras ruínas do Hotel Paineiras, constuído em meados do século XIX lá no Morro do Corcovado. O hotel mais luxuoso do Rio de Janeiro, onde até o imperador (aquele lindo do D. Pedro II) se hospedaria, hoje não é mais do que um fantasma do que fora naqueles tempos, mas a imponência permanece como a de uma árvore velha e orgulhosa.
Como somos apaixonados pelo lugar, nos refastelamos na maior intimidade. Depois descemos pra Santa, pro Guimarães, brincamos de chá, estouramos prosecco como se fosse ano novo e celebramos o final das coisas, o novo início brindando com copinhos de isopor.

O resultado vocês veem aqui no video bossa-nova-lomografia feito pelo Flávio Jobim, um cara de quem cês inda vão ouvir falar bastante. A música deliciosa (escolhida pelo Flávio, chuva de corações) é da Zooey Deschanel, aquela atriz que fez a Trillian no filme de Guia do Mochileiro das Galáxias (amamos/somos Guia do Mochileiro). Tinha lido em algum lugar que ela cantava, mas não tava ligada que fosse um lance tão bonito! Vejam aí que até o final da semana posto as ibageins!
Ah! prestem atenção no fascinator improviso. Peguei uma tira de tule que sobrou duma anágua aqui e fiz um laço por cima do laço do voilete preso com alfinete. Ficou muito mais legal! Quando casar novamente, já sei o que fazer.



Agora preciso ir dormir....

Muitos beijos, vamos nos falando
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ps1: DEIXA EU CONTAR PRA VOCÊS como é que foi a ida pra esse ensaio! Não, é sério, eram 5, cinco e meia da manhã e eu cheia de troço, vestido, mala de rodinha com conjunto de chá, toalha, sei lá mais o que e o ônibus encheu sem que eu percebesse. Entrou um velhinho super mal encarado, parou do meu lado (eu me maquiando super concentrada) começou a resmungar: você por acaso pagou duas passagens?! Levei um susto nesse brasiu, tentei me desculpar, afastar as coisas e todas as maquiagens saíram rolando pelo chão.
Eis que aparece uma mulher e oferece o próprio lugar pro homem, sentou do meu lado, foi tudo muito rápido. Ela se chamava Amara e me perguntou se eu era muçulmana: não, só coloquei isso na cabeça pra não desfazer o penteado.
- Você dança?
- Não.
- Ah! Então é modelo?
Como explicar?
Contei que era um ensaio de fotos pós casamento, "destruir o vestido" e ela ficou ABSOLUTAMENTE FELIZ como um poodle na janela do carro, mais animada do que eu! Contou que amava casamentos, conto do seu num templo budista em Santa Teresa, vestindo azul com mangas bufantes; o noivo era motoqueiro, entrou todo de couro e tava super lindo. Infelizmente eles se separaram. Felizmente ela tava super afim de reatar e achava que tinha chances. Antes que eu pudesse me dar conta, ela estava me mostrando torpedos picantes que eles tavam trocando.
"Saudades do seu saquinho rosa", dizia um deles.
Recomendou que tirássemos foto numa cachoeira, símbolo natural das noivas e que pedíssemos benção a Nanã, entidade das águas, mas não rolou da gente se embrenhar na Floresta da Tijuca porque tinha muito mosquito. Que figura! E justo naquele momento... a vida é muito louca.

ps2: O único porém de tanta coisa boa foi um barraco que formamos com o condutor de um bonde e fiscais da Prefeitura; não queria que fotografássemos eo/no bonde e, principalmente, filmar. Dias depois, acontece aquela tragédia. Eles não queriam que filmássemos pra não correr risco de alguém registrar irregularidades com uma câmera profissional, na verdade pensaram que nós éramos jornalistas fingindo de noivos-fotógrafos-cinegrafistas. Tivemos de jurar que não iríamos usar nada pra fins comerciais e jurar que eles eram uns babacas de rabo preso. Digno de nota nessa situação foi só que 1. pulei do bonde em movimento vestida de noiva e todo mundo da rua aplaudiu rsss "sou comunidade!" e 2. temos talvez umas das últimas imagens do bondinho :(


Eis que do aquém do além.... a volta!

máquinas analógica: lomografia é quase amor. Rafa de imigrante, eu de polaquinha mulata da zona portuária. fotografia do onipresente Fabio Moro e o lugar é o Morro da Conceição

Gatas-garotas, como vão essas carnes nubentes???
Saudades imensas deste espaço! Saudades imensas de vocês!!

Queria muito que me perdoassem a saída intempestiva, sem deixar nem um bilhete! Perdoem mulheres, a esta pobre ex-noiva que precisou largar tudo pra ir avançar com a dissertação. Teve de ser assim. Como vocês podem lembrar, o prazo que o Manolo me deu pra entrega do trabalho era dia 16 de julho, ou seja, menos de 15 dias antes do casamento. Agora vê se a pessoa tinha condições?? Mané, eu não tinha nem sapato ainda, tava cheio de gente aqui em casa, passava horas na Caçula, em que momento de delírio eu imaginei que fosse rolar de entregar o segundo capítulo?
Beleza, casei e recebi um novo prazo do Manolo.
Caí de cabeça no mestrado!! 1 (huma) pena é que eu não tinha mais cabeça. Sei lá, ressaca do casamento? Cês viram como fiquei nos dias seguintes do pleito... até o corpo e a mente entrarem no eixo, demorou. Tipo a placenta procurando o feto? Cadê o casamento? Que rotina preciso ter na minha vida agora? Fiquei muito perdida e, pra falar a verdade, acho que ainda estou. Tanto que só nessa madrugada, enquando Axl Rose dizia se fode aí você que tem que trabalhar amanhã, entreguei o texto como se fosse uma prova que acabou o tempo e o fiscal simplesmente estende a mão e cê se conforma porque não dá mais tempo de fazer nada.

Vou me obrigar a tirar uma semana de folga. Faz dois meses, desde o casamento, que não saio de casa pra ver pessoas, pra ir ao cinema, pra fazer nada que não fosse cuidar da dissertação e/ou ficar pensando nela. Se eu disser que ainda tem coisa do casamento aqui vocês acreditam? Tem tochas na minha sala! Tem potes, tem cestinhos de palha, tem lanternas chinesas... TEM MEU VESTIDO, BRASIU! Engordei tudo o que perdi, engordei mais.
Aí, como se não bastasse, umas pessoas me pediram preu meter o bedelho em seus casamentos e fui lá tentar curar a ressaca do meu bebendo inda mais, só que no dos outros. Não sei se isso vai pra frente, vamos ver. Seria uma coisa muito louca vir a trabalhar com isso. Se eu não passar pro doutorado... who knows?

Falando em vestido, ele tá aqui pra vender, gente! R$450 sujinho, quem quer? Quem quer?
Fizemos o trash the dress! Algumas de vocês viram e tal, pessoas no FB. Ficou muito, muito bacana! Foi lá nessa sessão de fotos que fechei o ciclo: chega de estar casando. Casei. Estouramos um prosecco no Lg. dos Guimarães e dividimos com um frentista ho ho ho bons presságios!

Vou falar disso na próxima postagem, peraí
(cara, inda preciso voltar pra cama, voltar a dormir. parece que fui atropelada por um caminhão)

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

casório: FICHA COMPLETA


Loiritas y negritas do meu país, segue a ficha completa e comentada dos fornecedores.
E vocês viram que saímos lá no Casando Sem Grana da Sammia? Vale prestigiar a página desta moça.

24/08 -> Atualização: gente, graças a vocês, percebi que não tava na ficha nem o local nem os móveis! Perguntaram até se era minha casa hahahaha se essa é minha casa, pohaaaannn... agora tá certinho. (acho)

Local: Recanto do Barão. http://eventosdobarao.com.br // Localizado em Santa Teresa, o lugar é um casarão de arquitetura mista, meio anos 50, meio anos 50 com toques geométricos 90's e enfeites chineses (??). Fora, tem um jardim/campinho liiindo demais... Sobre a vista, você fica até sem ter o que dizer porque cê tá aos pés do Cristo Redentor e olha lá em baixo a Marina da Glória, o Pão de Açucar e o bairro de Santa, cheio de galhardia e favelas (mas tem UPP GALERA!). O melhor de lá é que não se trabalha com venda casada, cê pega a casa vazia. O ruim é que se corta um dobrado pra preencher a casa de coisas, móveis, toalhas e tudo o mais. Esse pedaço não foi fácil.
O Mark, dono de lá, cede o mobiliário vintage, uma mesa imensa pra buffet, sofás e banquinhos do jardim. Outra coisa legal é que você pode começar a arrumar o lugar três dias antes. Ah sim, também o preço, olha, barato não é, mas saiu mais em conta do que todos os lugares que pesquisei até sangrar pelos poros. O que mata ali é iluminação: ou se encontra uma alternativa como velas e tochas ou prepara a minisaia pra ficar no calçadão de Copa, amiga. Olha... nem vou falar de valores aqui se não vocês passam mal.
Os funcionários são A COISA MAIS LINDA DO PLANETA! Preciso voltar lá e pelo menos dar uma caixa de bombons pra cada um, o quanto que os abracei! Eles foram muito gentis conosco, muito! Seu Cícero prometeu pra mim que não ia chover e aí não choveu.

Celebração civil: Juiza Sônia, do Cartório do Catete. Belíssima fala! E ela é chiquérrima! Só prepara o bolso.

Cerimonial: a Julia Pessoa da Oh Happy Day e a Ana Hoffman da Petits Marriages estavam comigo lá no dia pra descascar pepinos, organizar a galera, tirar cadeiras da chuva, nos alimentar e garantirem que eu não ia ter um treco. Foram generosíssimas, profissionais no talo! Pessoas de grande espírito que recebi dos céus num dos momentos mais complicados desta minha vida.

Móveis: Mineirart. 2263-3272 // É... foi aquilo que vocês imaginam, um aluguel razoável e um frete mortal. Mortal. Mas, olhem, após muito choro e ranger de dentes e após implorar, porque eu implorei no auge da histeria e da pobreza, consegui um desconto de 10%. Mas são todos profissa, não dá pra negar não. Pontuais, rápidos. Só acho que passar um paninho nas cadeiras não doía. Minha sogra reclamou cântaros, não vou lhe tirar a razão. As cadeiras só ficaram brancas depois das esfregadas que ela deu.

Decoração: Veridiana e René Gartner, amigas de infância do Rafa lá no Sul! Elas trabalham no Projac e nos deram o talento delas de presente. A idealização foi de nós três e execução toda delas + todo mundo que estava disponível. Como elas não trabalham com casamentos necessariamente, querendo contato, cês podem me escrever.

Carro: que carro?

Convites: Eu fiz a parte gráfica e a arte, imprimi aqui na impressora de casa e depois veio o povo aqui tomar uma cerveja, passar lacinhos na caixa, montar. Ele está aqui -> nesta postagem

Maquiagem: Rejane Moraes. Material de primeira! Moça competente, me aturou pacientemente e demonstrou autocontrole ao me maquiar no meio do entra e sai de mulheres que tava o lugar onde me arrumei. Pra mim, a festa começou ali.

Cabelo: 1 (hum) drama. Eu tinha uma amiga, ela era minha manicure e cabeleireira na época em que quase fiquei careca. Quando conheci o Rafael eu não tinha cabelo por dentro da cabeça e ela foi lá e me salvou naquele triste momento. Compartilhávamos muitas coisas uma com a outra, ela acompanhou todo meu processo de ir lá pra Londrina, início do namoro e tudo o mais. Achei que seria muito legal, cheio de significado, que ela estivesse lá no meu dia. Mas aí, né, ela me liga na sexta feira ONZE E MEIA DA NOITE dizendo que não poderia ir porque tinha de comprar piso pra casa dela+ do noivo no Construcard e era o último dia. Não consegui nem chorar, acho que entrei em choque.
No dia seguinte consegui um encaixe no salão no Bairro de Fátima (perto da Lapa) onde as mulheres da família do Rafael iam se embelezar. Não sei como agradecê-los a gentileza, o terem me acalmado, as águas e os cafés. Esse foi meu dia de noiva. Unha e cabelo R$80. Me arrependo um pouquinho de não ter tentado ir no Werner’s vendido meu fígado e minha alma porque não gostei do meu cabelo, ou melhor, gostei, mas não era o que eu tinha imaginado, sabem? Disse que queria algo vintage, anos 50 e a moça disse que nunca tinha ouvido falar. Mas culpa minha! Não levei nem uma foto de referência nem nada :( burra! burra! Eu tava fora de mim naquele momento, perdi o raciocínio. Cês já devem estar de saco cheio deu falar isso, mas repeti pra quem estiver chegando agora.

Vestido de noiva: comprei no etsy.com com a Wendy (Ieie Boutique) de Nova Jersey. entregou em 1 mês e meio, eu mesma fiz as medidas. A mulher é UM GÊNIO! acabamento de cair o queixo. o modelo copiei de uma noiva, modifiquei pra ficar do meu gosto.

Véu voillete: Rua do Ouvidor 120 (este é o nome da loja) 2507-9104. To vendendo!

Sapato da noiva: NHC Shoes (liquidação de inverno, R$ 60 hohoho)

Roupa do noivo: Richards + acervo pessoal de René e Veridiana Gaertner (a gravata e os suspensórios).
Vestido das damas de honra + madrinha: anotem esta informação no sutiã. Gorete 2241.9413 // Gorete é uma linda! Ganhei uma costureira e uma amiga. Fez tudo como a gente quis, embarcou nas viagens e até se despencou do Méier pra São Gonçalo (morando em São Gonçalo vocês sabem como é) e apertou meu vestido de noiva NA MÃO! NA MÃO, BRASIL! (porque eu tirei as medidas do busto errado... quis fazer peitão, mas não deu certo. fica a dica pras meninas pouco avantajadas nessa região: assumam seus peitinhos! acho que sem enchimento teria ficado mais legal).

Buffet de crepes: Crepes Cabral. 3279.2869 // São muito famosos aqui no Rio e tal, acho que dispensam apresentações, mas o atendimento é meio escroto, dificultam a vida com demoras e incertezas, fiquei com medo de que não fossem, mas chegaram lá na hora e arrasaram. Falou-se mais na comida do que de mim. Fizeram uma versão diet.

Buffet de pães, molhos e saladas: Marcos e Jane - 2712.8611 // Eles são meus ex-vizinhos! Ambos cozinheiros de mão cheia! as saladas e os molhos foram o acompanhamento dos crepes, fiz isso pra rolar um desconto no Cabral (pedi apenas o serviço de crepes. só! só!) e deu super certo!

Doces e Bolo: Marcos e Jane // ela é a doceira+boleira da família. Fez o bolo fake e o bolo real que era diet (sou diabética, mas sou filha de Deus! não ia comer meu próprio bolo de casamento??). olha, vocês vão ver nas fotos que os cupcakes estão tortos... eles não aguentaram a viagem de São Gonça até Santa Teresa :( mas foi risco meu, sabia que podia acontecer isso e até coisa pior. Tava gostoso, quem se importa?

Bem casados: foi a Jane também. Infelizmente fui obrigada a comer 2, porra MUITO BOM! assim que eu tiver um pâncreas comprarei 1 quilo, deles por favor! ela quem decidiu pelas cores/estampa sozinha porque chegou num momento em que falei, gata, não consigo mais decidir nada, to nas tuas mãos. Não me decepcionei, tava fofo demais. Era de pão de mel <3

Bebidas: amigos e família compraram num depósito na Lapa ao perceberem que quase ninguém colaborou com as bebidas como a gente tinha combinado. é... pois é.

Fotografia: Fabio Moro // 8477.3190. Grande achado do casamento, grande achado em nossas vidas. Fabio nos ofereceu a possibilidade de uma cobertura de viés artístico e orgânico, nos deu liberdade para criar e nós nos entregamos às suas criações. Como brinde precioso, ganhamos um casal de amigos; o Fabio e a Clara, a esposa dele. O resultado nos deixou mais do que felizes e emocionados e até o problema da transferência da cerimônia/festa do jardim para dentro do apertado da casa foi contornado com criatividade e carinho.

Filmagem: Rocha produções - Não pensávamos em fazer filmagem por conta do orçamento. Na verdade foi a Etiene quem me encontrou e nos fez sua proposta: queria estar lá, cala a boca que lá estarei. O trabalho dessa senhorita... seu profissionalismo... e o que é aquela edição!? Assistimos ao preview e, como todo mundo, ficamos acachapados! PUTA QUE PARIU! LINDO! LINDO! que talento! A equipe captou o momento, acompanhou toda a confusão de arruma pra lá, maquia pra cá, toda a mão na massa de amigos e familiares. A costura artesanal, o ar de cinema-videoclipe. Apaixonante define!

DJ: Thiago Santana, primo do noivo, cineasta, especialista em som hipster. Nunca antes estive numa festa em que tocasse Belle&Sebastian, realizei-me!

Topo do bolo: foi uma concepção coletiva da René Gaertner, Julia Pessoa e Ana Hoffman. Me corrijam se eu estiver errada, meninas

Buquê: Ana Hoffman montou na hora, no improviso. Ficou um sonho!

Noite de núpcias: UI! Ficamos num hostel com toda a família do Rafa, o Terra Brasilis, gente, excelente!! Fomos pra lá na sexta feira pra ficar mais perto de tudo, o quarto era um sonho e consumamos nossa união com um belo sono desmaiados um pra cada lado.

DÚVIDAS DIVERSAS

Cláudia Carvalho
Adorei tudo! Tenho tantas perguntas.. hehe
Achei demais e quero tentar fazer muita coisa sozinha, não quero gastar muito, menos de 10 mil com certeza, vamos ver se consigo. Bom, você não teve garçons, quem recolocava nas mesas o que ia terminando? Que tipo de música você usou durante a festa? Teve pista de dança? Como foi para servir as bebidas, quais tinham? Já que não deu muito certo dos convidados levarem. Não sei como proceder com casamento à tarde. Sei que é muita pegunta, não precisa responder de uma só vez! hehe Beijos

R: Helo Claudita! Ótimas as suas perguntas! Se eu tivesse pensado nelas, muita coisa estressante poderia ter sido evitada, mas beleza.
Não teve garçons porque era um buffet de crepes, que é um lance meio selfservice. As pessoas chegavam pro crepeiro, pediam o sabor, ele preparava e aí ela ia pra sua mesa comer (depois de acrescentar saladas, molhos, sorvete, como desejasse). Também tinham os pães e as pastas qeu fiz assim, a pessoa chegava na mesa grande, pegava os pães e biscoitos que quisessem, colocavam num cestinho e levavam pra sua mesa. Autonomia dos convidados, cada um se vira e ajuda quem não pode se virar (idosos, pessoas com dificuldades de locomoção).
Música foi assim, a gente pegou o primo do Rafa. Nossos gostos combinam loucamente, a gente é meio alternativo, anos 80, meio bossa e rolou tudo isso. Não tivemnos pista porque a festa foi à tarde, um lanche. Não daria certo pista e nem é a nossa cara isso. Depois fomos pra Lapa encher a cara.
Pra servir as bebidas, uma das damas me deu de presente um cara que ficou cordenando meio que um open bar. Um amigo deu gelo, cataram os isopores, colocaram uma mesa com toalha e pronto, todo mundo bebeu o quanto quis/aguentou.
Podem mandar perguntas! Vou atualizando

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Meu casamento recessionista: decoração y cerimônia en ibagens

Pujantes companheiras de buquê,
temos aí finalmente algumas fotos do casamento! Do casamento mesmo, do bem casado e das cadeiras superfaturadas, da entrada, do beijo, do céu cinza e das cores.
Vejo e revejo mil vezes. Para o bem ou para o mal, este foi meu casamento que fiz com o coração e com as vísceras, que histericamente idealizei e pari pra celebrar meu amor, pra celebrar a beleza e a delicadeza, também a doideira master de viver dias em comum, de construir algo, de ser preso como cúmplice de crimes e mais crimes extremamente sedutores.
Este é resultado dos dias, das noites, das escolhas, das conversas e das ajudas imensas - além da grana gasta [12 mil é a conta provisória, só lembrando, amgs] nos últimos 7 meses.
Quero as ibagens, Amilton!

obs: não reparem o apertado que ficou... tudo culpa daquele tempo :( única coisa triste! era pra ser tudo lá fora, como cês sabem.


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