sexta-feira, 30 de março de 2012

Combos de cores que [talvez] você nunca viu


Faz algum tempo que venho pensando numa postagem que fale sobre cores. Não sei se já comentei com vocês, mas as cores deveriam ser a primeira coisa a ser escolhida na hora de pensar uma recepção, uma festinha nubente. E por que? Cara, as cores são a primeira forma de comunicação da decoração, são elas que falarão do clima da reunião, da vibe, do estilo e até mesmo das formas dos objetos a serem utilizados.

Cores contemporâneas pedem formas contemporâneas, clean e/ou geométricas. Linhas limpas que podem até se montar com frufrus provençais e penduricalhos vitorianos, mas que devem ser a base de tudo. Cinza+amarelo, Turquesa+vermelho, Limão+azul, Preto+rosa são alguns exemplos de combinações que pegam bem pruma recepção que se planeja mais modernete, tenha ela ou não elementos vintage.

Agora, se entrou marrom, tons de chá e tons pastéis, então é o clima antiguinho e aconchegante que vai dominar. Formas delicadas, uso e abuso de flores, de elementos orgânicos como a juta, o barbante e o vime são algumas das pedidas pra você que pensa num lance vintage ou confeitaria (inventei agora isso aí: confeitaria).

Pros casais que se interessam por um apelo mais barroco, latino, burlesco e vibrante, coisa bonita fica vermelho+preto (SIM, POR QUE NÃO, HEIN?) somado a arabescos, plumas, rendas e muito, mas muito vidro com relevos. Também roxo, dourado, vinho e preto+branco tem a ver com esse conceito. Na verdade, quase todas as cores vibrantes, quando somadas ao preto, te dão a oportunidade de enveredar por um casamento Dita Von Teese.

Buenas, feitas essas breves observações, vou deixar vocês aqui com essa seleção MARA feita pelo The Knot de cores pouco usuais, mas que super funcionam! Respira fundo, cria coragem e vai lá partir pra ousadia dessas inspirações.

Silver & Gold, como diria o U2
Muita gente tem medo de ser cafona com dourado e prata, mas a verdade é que esse combo te dá mil oportunidades de fazer algo que pode ser super glamuroso ou simplesmente chique como um Copacabana Palace da vida

Laranja, azul e amarelo
Pra galera fã de design, essa paleta é um prato cheio: vibrante, alegre e solar, fica supimpa pra casamentos diurnos e recepções feitas em lugares mais crus como galpões e galerias de arte (tem gente que casa em galeria de arte, ora).

Azul, vermelho e branco
Já faz um tempo que a combinação navy tá aparecendo por aí nas roupas e objetos. Na hora de levar a tendência pro casamento, acho que vale a pena pensar na relação dessas cores com a vida do casal: se você e seu amor curtem esse lance de mar, então já tá feito!
Chá e pastel, pastel e chá
Permeados pelo dourado, pelo prata e por pérolas, essa combinação clássica fica de chorar de tanto amor. É interessante, e por isso eu disse o negócio da confeitaria, como essas cores lembram comida! Tortas, macarons, cupcakes, biscoitinhos.
Tons de verde
Casamentos ao ar livre pedem cores que destaquem a festa da natureza, certo? Errado!! Podem meter bronca aí no verde, mas atentas aos tons: verdes elétricos e fluorescentes vão ficar nada menos do que feios pra cacete entre as árvores. Verdes orgânicos pontilhados com branco - pra dar o destaque que a gente precisa - montam legal.
Laranja
Tons de laranja são super contemporâneos e ECONÔMICOS: como a cor é forte, você vai adiantar seu lado usando o branco como cor de fundo e usando o laranja em formas geométricas e linhas. Vejam aí como só o abóbora já resolveu a questão do centro de mesa: sem flores, sem dramas, no pa pum clean.
Cinza e amarelo
Linhas limpas, grafismos e geometrias.. é tudo o que apela essa combinação super contemporânea. O The Knot ainda dá uma dica: levar pro decor objetos industriais como latas dão uma força pra harmonia dessas cores.

Preto, branco e verde pálido
Foi-se o tempo em que o preto era mal visto pelas noivas. Hoje ele é uma alternativa pra quem quer dar à recepção um ar ultrachique e pra quem curte uma pegada de formalidade + sobriedade. A sugestão do verde pálido entra pra dar uma quebrada no b&w total, que pode ficar tedioso.

Aqua + vermelho + bege escuro
Junto com o vermelho+turquesa, essa combinação é a queridinha dos hipsters desse meu brasiuzão. Um equilíbrio fantástico entre o contemporâneo e o vintage, essas cores te dão a possibilidade de criar muuuuito: pote de vidro, flores vermelhas, pegada circense, tudo isso tem a ver com esse combo delicinha e que dá chute na canela da seriedade.
Roxo e verde
Sim! Roxo e verde!! Essa combinação lembra uma festa no jardim, só que num jardim mais dark, entendem? Não é um combo pra quem não sabe manejar muito bem essa coisa de paleta de cores porque só vai funcionar se você usar, junto com as cores principais, as cores de sombra como o lavanda, o roxo profundo/beringela, o azul e o violeta. Não esquecer o branco também! O resultado final deve ser orgânico (não vai funcionar com mesa de vidro e cadeira de ferro branca, hein!) e freco.


Aqua+Laranja

Combinação lindalinda pra quem tá escolhendo uma praia pra casar. Alegre e vibrante, é uma combinação que permite quase tudo: estampas, arabescos, grafismos. Se o caso vai ser uma praia mesmo, aproveita e embalo e acrescente elementos como peixinhos, algas e conchas nas lembrancinhas e nos convites.

Menta+verde água+salmon
Essa paleta é amor perpetrando amor!! Amo/sou o tempo todo casamentos ao ar livre, meio coisa de jardim e vintage!
Pra coisa ficar ainda mais bonita, incorpore tons pasteis e BASTANTE TEXTURA à sua criação (tecidos, palha, madeira, papéis texturizados, craft). Pra papelaria, escolha uma tipografia com de antigamente: à mão (a sua mão mesmo serve, não precisa ser a do calígrafo), em relevo silk (consulte sua gráfica, os preços tão ótimos) ou máquina de escrever. Xícaras e livros dão o fechamento.


Imagens: (na abertura) http://www.libbyjamesblog.com/tag/vintage-2 || (nas paletas) Theknot.com

segunda-feira, 19 de março de 2012

E-session cheia de mimos e belezuras del amour: fotografias para uma noiva fotógrafa

Uma noiva fotógrafa do outro lado da lente! Minha ~freguesa~ Mariana Magno teve sua tarde de vítima dos cliques. Ela e o Felipe Daumas que, além de noivo, é um grande dançarino de free style gangsta (hahahaha sério, o cara é fera) se reuniram com o fotógrafo Gabriel Telles num casarão do século XIX pertencente a igreja que frequentam lá em Niterói.
Um belo jardim, uma linda tarde de sol e brisa, uma toalha quadriculada e dezenas de negocinhos delicados foram o cenário pra essa e-session desejada à exaustão por uma noiva acostumada a registrar os sonhos e detalhes de outros amores.
Aproveitando uma brecha nos nossos tempos, fiz algumas perguntas à noiva sobre a experiência, vejam aí!

Vou Casar e Panz: Mas então, como foi a experiência de uma fotógrafa se tornar o alvo das capturas?
Mari:Pra mim foi muito divertido! Fiquei super animada e ser fotógrafa facilitou todo o processo, pq na maioria das vezes eu mesmo que dirigia as fotos. Mas confesso que ainda prefiro ficar do outro lado da lente.

VCeP: Fale um pouco dos elementos que vocês escolheram pra compor o ensaio. Ri pra caramba com o iphone (smartphone: esse companheirinho)
Mari: hahaha! O iphone tava ali sem querer, mas no fim das contas achei legal ele ter estado. Fui catando elementos que achei que iriam compor um "cenário" bonitinho. Composição de cores e texturas são muito importantes para a fotografia. Além de disso, pensei também em coisas que tinham a ver com a gente, por exemplo, gostamos muito de fotografia, música, coisas descontraídas, e como somos viciados em nossos Iphones...
O radinho antigo, foi um achado da minha mãe. Ela comprou de um mendigo por 20 reais no meio da rua!

VCeP: Sua mãe é tipo uma Martha Stewart particular. Como é que foi feito esse buquê, hein?
Mari: Minha mãe é talentosíssima! Ele é feito de tecidos (os mesmos usados pra decoração do casamento), arame e enchimento.

VCeP: E tem o disco! <3 Está permitido copiar a ideia? Vou pendurar um na parede aqui de casa.
Mari: o disco foi Carol [Carol Alves, amiga prendada da noiva] que fez, pegou os da Xuxa que eu tinha lá e colocou esse pepel bonito no meio.

VCeP: Eu acho as e-sessions intressantes porque te dão uma noção de como é que vai ser no grande dia, onde pôr as mãos, cria um vínculo com o profissional... Você tem a visão dos dois lados da coisa, fale um pouco a respeito, dê umas dicas aí pras brides to be do país.
Mari: Eu acho super válido e importante fazer uma sessão antes do casamento! O casal está mais relaxado, não tem a pressa nem a tensão que se tem no casamento, podemos fazer tudo com calma pensando em cada detalhe. Fato importantíssimos são os detalhes! Eu pesquiso sempre blogs de fotografia e de casamento por causa da profissão, mas nesse ano, sendo noiva, fui pesquisando com outro foco. Fui salvando todas as referências que eu amava e fui me inspirando. Mostrei pro meu irmão [Lucas Magno, que aproveitou o embalo pra filmar tudo] e mostrei pro Gabriel lá no dia pra ele ir pescando a vibe.
Saber o que você quer, o estilo das fotos é muito importante porque a partir disso você poderá escolher o fotógrafo com mais facilidade, o local, a hora do dia, a produção, o figurino e tudo fica bem mais prático e rápido na hora da sessão.

VCeP: E como é que foi a escolha do fotógrafo?
Mari: Como fotógrafa, tenho a vantagem de ter como assistentes pessoas talentosíssimas e amigas que me dão um help nessas horas de modelo. Lucas, meu irmão e assistente, se dispôs a nos filmar e o Gabriel Telles, meu outro assistente, a nos fotografar. Antes deles se disporem eu até pedi alguns orçamentos para outros fotógrafos, mas vimos que não faria sentido gastar dinheiro nisso quando tínhamos pessoas totalmente capacitadas e AMIGAS ao nosso redor, que fizeram tudo com a maior boa vontade e dedicação! E não me arrependo NEM UM POUCO das minhas escolhas! Amei o resultado das fotos!


E os bastidores!
Ficha Técnica: Fotos: Gabriel Telles I Vídeo: Lucas Magno I Locação: Igreja Presbiteriana Betânia Litorânea - Ingá I Cabelo e Maquiagem: Mari Magno I Figurino: Carol Alves e Mari Magno I Produção: Mari Magno e Carol Alves


sexta-feira, 16 de março de 2012

O trabalho de assessoria de casamentos: um método perigoso


Tem esse filme sobre o Freud e o Jung: "Um método Perigoso" que quero muito assistir. Lendo um artigo sobre ele fiquei muito pensativa... a psicanálise é um método perigoso porque quais são os limites reais entre profissional e paciente quando o trabalho só pode acontecer numa troca/diálogo entre as duas partes? Se a cura só acontece numa identificação recíproca? Em algum momento da matéria, o crítico diz algo como: o trabalho psicanalítico possui um alto nível de toxidade.

Aquilo ficou forte na minha cabeça. Não sou psicanalítica, nah nah, mas que tipo de trabalho é esse a que estou me propondo fazer? Entro na intimidade das pessoas, nas suas histórias, seus medos, expectativas. Traições em família, primeiros casamentos que desvaneceram sem que ninguém percebesse, mortes de entes queridos, jovens casais, casais com mais estrada, casais com filhos, noivas com enteados. As histórias desfilam na minha frente e eu me surpreendo de instigá-las. Me surpreendo mais ainda de constatar que, sem um mergulho sincero e aberto nessas histórias e sonhos, meu trabalho perderia o sentido. Minhas histórias e experiências entram na conversa. Sentamos pra uma cerveja e então deixa de ser claro que tipo de relação e esta que estamos estabelecendo.

Não me sinto confortável em ser uma cerimonialista cronômetro: hora do making off, hora do buquê; a coisa do trabalho do dia, que é essencial, sim, mas que me pergunto... como é que eu faria se eu nunca a vi? Se não sei qual o caminho que a trouxe até essa pista de dança onde vai, sei lá, dançar Thriller com esse cara? Então qual é o meu trabalho?

Esses dias falei que tinha virado parteira de casamentos. Acho que, como os partos, os casamentos acontecem por si só e, assim como tá rolando essa campanha de desmeticalização do nascimento (toda mulher está, a princípio, pronta pra parir + gravidez não é primordialmente uma questão médica como uma doença) penso que os casamentos não devem ser 100% entregues a fornecedores como se você e seu rapaz fossem retardados. Olha, eu já vi umas coisas horrorosas e tenho certeza de que muitas de vocês já presenciaram o mesmo: nêgo do buffet roubando docinho, cerimonialista que faz 5 casamentos por semana e - inevitável - vê o seu como um carro na linha de produção, decorador que fala "mesa grande tem que ser ali, faço isso sempre e é o que dá certo".
Eu posso ser apontada de estar me envolvendo de maneira perigosa com meus clientes, mas aí vou exigir que estes caras sejam apontados como profissionais que se alienam plenamente da importância do que estão fazendo pra vida daquelas pessoas.

Penso que a História me dá/deu ferramentas interessantes. Teve um momento da graduação que não aguentei mais ficar pesquisando os crimes envolvendo escravos no século XIX; cada processo era um banho de sangue com corpo de delito e testemunhos super detalhados que contavam as maiores barbaridades e nonsenses a que a condição humana pode chegar. Tive de parar e parei por uns 4 meses. Aquela saída me fez muito bem. Mas não concluí que deveria me afastar deles, eu deveria era me conformar com o fato de ser apaixonada por aquele trabalho e tirar o melhor dos afetos que eles me causavam. Hoje posso jurar por deus que sei o que o escravo Fulano ou Beltrano fez. Acho que temos uma ligação. Os professores ficam revoltados quando falo isso em seminários, mas o que posso fazer. Cerimonialistas, parteiras e historiadores podem acreditar que estão protegidos por uma redoma de profissionalismo, que seus objetos não o afetam, mas, contra os fatos não há argumento: uma troca acontece e ela precisa acontecer. Primeiro porque é inevitável e segundo porque, com essa responsabilidade imensa nas mãos - a de ajudar os noivos a terem um casamento bacana, com um bom andamento - toda informação e compreensão das necessidades daquele casal é indispensável.

Estou cansada pra cacete esses dias. O blog tá abandonado e tal, mas é que são muitas coisas a resolver, pessoas pra ouvir, emails pra responder. Minhas reuniões com as noivas não duram menos de 3 horas. Eu não sei se isso tá certo, só sei que é assim que tá acontecendo e só sei que nunca estive tão profissionalmente plena como agora. Fico até com vergonha disso, sabem. Sei lá, culpa católica, a coisa de que só quem sofre vai pro céu. Chego em casa arrasada, mas satisfeita. Essa proximidade entre mulheres que tenho estabelecido pode ser perigosa, mas ao mesmo tempo é enriquecedora (DINHEIROO!! só que não). O universo feminino é fantástico, nem Freud sabia o que fazer dentro dele, o troço é um buraco negro! Vou me compreendendo como mulher a cada conversa e compreendendo também o meu próprio casamento, ou ao menos refletindo melhor a respeito dele. Agora parando pra pensar sobre esse ponto.. não como uma transação comercial/de serviços normal que o cliente vai lá e escolhe. A escolha tem que ser mútua. Elas me escolhem e eu as escolho. O fator identificação!

Enfim, quero dizer que estou feliz demais com tudo isso, por vocês estarem por aí acreditando que algo diferente do estupro de preços dos forneceres pode rolar, por acreditarem que casamento é doidamente muito mais do que festa, por acreditarem que naquele dia do pleito e pra sempre, o que tem que rolar é uma vida ao jeito de vocês, um romance onde vocês fazem as regras de acordo com o que a vida vai apresentando. Não tem regra pra felicidade, afinal.

Vou lá que preciso comprar papel amarelo pra fazer o acabamento do convite da Arajany, depois tenho somente 70 provas pra corrigir (professor: outra profissão dialética e dangerosa!). Tentarei não ficar tanto tempo em silêncio, mas, olhem, num contexto em que estou virando o Monteiro Lobato porque nem pra sobrancelha ta dando.... reflitam!

imagem: http://alternativechronicle.wordpress.com/2012/02/12/a-dangerous-method/

quinta-feira, 1 de março de 2012

vou casar e panz no Facebook

moves like Jagger, casas like Jagger: só clicar na imagem


Você minha amiga que está cansada de escavar o blog em busca de respostas, debates e opiniões pra vestidos online, pra comida, lembrancinhas e cupcakes, NÃO PRECISA MAIS SOFRER, CORAÇÃO!

Finalmente criei tenência na vida e abri um espaço do blog lá no Facebook pra gente poder agilizar as conversas e fazer as informações realmente circularem! Principalmente as informações sobre os vestidos, que tanto tem causado disse me disse, hoax, esperanças loucas entre outras histerias porque a gente roda, roda, roda e não consegue bater o martelo quanto a veracidade ou falsidade de sites domo o Tideby, o Light in the Box e até do Etsy (pois é, alguns dizem que o etsy é fantasia, vai entender).

Vamos ver no que dá, mas, escutem, vamos contribuir, vamos agitar o negócio. Tirem um tempinho entre a lavagem de louça, o pinterest, os amassos na hora do almoço e outros etceteras pra enriquecer o caldo da iogurteira Top Therm casamentística com as contribuições valorosas que sempre pintam nos nossos comentários. Deem aquele like dos broder também, deem aquela força, compartilhem, chama a prima e o vizinho.

E aguardem que breve estarei sorteando e shareando pela fanpage projetos de papelaria, itens de decor, badulaques de cabelo entre outras coisas pra dar uma animada estilo bandinha de sopro na inauguração da farmácia :)

Clique aqui ou na imagem de cima pra cair direto e reto na nossa fanpage.

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