segunda-feira, 6 de outubro de 2014

Dicas folheadas a ouro: Como faz pra nomear os convites, hein??

imagem: http://www.jbcreatives.co.uk/

Um dos principais capítulos da série "Problemas insuspeitos que surgem na hora de organizar o casamento" é a nomeação do nome da galera no convite.

Não importa se você vai fazer tag, se vai escrever no envelope, se vai escrever na tag ou colocar tudo em braile.. quando chega o momento de colocar o nome dos cidadãos envolvidos, o risco da coisa empacar é grande. Então senta aí, pega aquele seu livro favorito da Glorinha Kalil e apoia o papel pra anotar as dica tudo!
Começando...
Antes de mais nada. O essencial, o marco zero: agrupe todas as pessoas da sua lista de convidados em grupos e defina quem são os "Nomes-etiqueta" de cada um. Se for colocar convite individual, aproveite esse momento para lançar a quantidade que vai em cada convite. (parêntese: ok, convite individual, que bagulho mais das antigas! mas, amigos, a realidade do mundo é que, se você não poe individual, o risco de neguinho levar cachorro e papagaio é grande. Não precisa pôr segurança na porta cobrando cartãozinho, mas acho importante colocar uma sinalização de quantas pessoas estão efetivamente convidadas - principalmente se você a) não pode ultrapassar quantidade de gente; b) for evangélico, c) for swingueiro e c) tem convidados de Minas

Confira a grafia dos nomes. Sério, gente. Tá.. pára de preguiça e vai lá conferir se é Rafael ou Raphael, se é Shirlaine e Shyrleine. Se você não sabe mesmo o nome, vale ligar, vale roubar a carteira de identidade, vale tudo! Se o problema for a grafia do nome do acompanhante, então não tem jeito, cê vai ter de perguntar. Pergunta na boa, cara, sem medo, vai lá! Outra opção é você lançar mão daquele truque da numeróloga e dizer pra sua amiga que vai fazer um macete legal pra descobrir se eles são almas gêmeas. Funciona muito!

Agora sim podemos partir pra brincadeira ;)

DICAS PARA NOMEAR AS TAGS DOS CONVITES
Idosos - e outros coroas da pesada - sem acompanhante
Formal
À Sra. Candoca

Informal
À querida Sra. Candoca / Dona Candoca

Íntimo
Vovó Candoca / Vó Candoca

Casal de idosos ou famílias chefiadas por idosos

Formal
Sr. e Sra. Mendonça

Informal
Aos queridos Jorge e Candoca Mendonça

Íntimo
Vô Jorge e Vó Candoca

Amigos e familiares sem acompanhante (caso a pessoa tenha um namorado/a ou peguete de quem os noivos não sejam íntimos, deve-se omitir essa pessoa do convite e colocar dentro convites individuais para os dois)
Formal
Sr. Pedro

Informal
Pedro

Íntimo (nessa opção, sinta-se livre pra colocar no convite o apelido pelo qual a pessoa é mais conhecida)
Ao querido amigo Pedro / Pedrão / Bozolino

Amigos e familiares onde só o casal vai ser convidado (a mesma regra se aplica para casais gays hein || se eles têm filhos pequenos, não precisa pôr o "& família" não porque já tá subentendida a presença do Erezinho)
Formal
Sr. Pedro e Sra. Amélia

Informal
Pedro e Amélia

Íntimo
Aos queridos Pedro e Amélia

Amigos e familiares com suas famílias (aquela regra de colocar o convite em nome do "homem da família" já caiu, tá? Queimamos sutiãs, coisa e tal. Comece sempre pelo nome da pessoa com quem você ou vocês têm maior proximidade seguido da indicação de a quem o convite é extensivo - geralmente à família)
Formal
Sr. Pedro e família

Informal
Pedro e família

Íntimo

Para o querido Pedrão e família
Pedrão e família

Povo do trabalho (acompanhado da quantidade de convite individuais necessários | dica master: se o fato de não chamar todo mundo causar climão na sua empresa ou setor, entregue o convite a alguém discreto e explique que não vai chamar geral e peça pra que entregue/comunique aos escolhidos sem alarde. Outra opção é chamar os eleitos prum almoço e lá chamá-los || Caso você deseje chamar todo mundo, pregue o convite uma parede e seja deus quiser) 
Vale tudo
Pessoal da Nome da Empresa
Galera da Nome da Empresa
Queridos amigos da Nome da Empresa


Lembrem-se: o bom é começar a fazer o convite uns 4 meses antes do casório. Não que você precise sai correndo pra imprimir nesse prazo, mas é bom que ao menos a ideia do que fazer tenha sido definida aí. Não é cagação de regra não, amigos, tudo é questão de pensar na logística, no tempo de feitura e nas centenas de coisas que podem dar errado e te obrigar a refazer os lances.

Boa sorte!!

quinta-feira, 8 de maio de 2014

8 coisas importantes que precisam estar num contrato de casa de festas [mas você já ia esquecendo!]

Uhuu!! Minha casa de festa faz todos os requisitos!
 Assunto da semana aqui no Rio, a venda do restaurante Real Astória, com cancelamento sumário de todos os eventos agendados (aniversários, 15 anos..... casamentos!) deixou todo mundo em choque. 

Que loucura, caras! Imagina você há 15 dias do seu casamento, convites entregues, fornecedores fechados e aí, não mais que de repente, cabo! cabo tudo! Se devolveram a grana? Sim, mas e daí?? Dinheiro costuma ser a questão mais dramática na hora de se lançar num casamento, mas há situações em que ele não faz a menor diferença, em que ele não pode desfazer o mal feito. O que fica restando é tomar um prozac, sentar no meio fio e chorar.


É certo que estamos todos sujeitos a plot twists malvados do destino, a chuvas de merdas e a acontecimentos que simplesmente chegam pra estragar a festa, mas dá pra gente tentar se proteger também. A casa que vocês escolheram pro certame é um dos itens mais importantes da parada toda e é essencial estar atento aos termos do contrato pra não sonhar com a compra de uma câmera fotográfica+webcam+filmadora e receber em sua casa UMA INCRÍVEL TECPIX.  Nessa postagem, dicas ó... lá do fundo do coração (!) pra te ajudar na tarefa tensa de saber: afinal, o que precisa ter no contrato de uma casa de festas?

1. Qual é o tempo total de uso do lugar?
Muitos casais se ressentem de fechar um lugar pra fazer cerimônia+recepção e só depois descobrirem que os caras descontam o tempo de um no tempo total do outro. Gente, 5h de festa já não é nada, passa voando! Ter esse tempo reduzido pra 4h é bem complicado. Bem.. alguns lugares disponibilizam venda de horas extras então, se não for possível modificar a regra do "tempo único", o jeito é negociar uma contratação dessas. O importante é ter, no mínimo, 5h de casamento. Só isso. Outras questões super importantes relativas ao usufruto do local são:

a) Quanto tempo dão para chegada dos convidados sem descontar da sua festa? (no mínimo, meia hora!)
b) Quanto tempo a galera tem pra debandar do casamento? (no mínimo 1h)

2. Quanto tempo o local disponibiliza para a montagem da decoração? 
Coisa linda que é quando o local só abre pra decoração um pouquinho antes do casamento. Alguns lugares simplesmente se tornam inviáveis pra casar por causa disso, mas, é claro, ninguém vai te avisar disso né? Questione o responsável do lugar a respeito disso. Se no dia do casamento não for possível montar, tente combinar o dia anterior ou fracionar um pedaço da montagem hoje e outro pedaço amanhã. A falta de tempo hábil acaba obrigando a equipe de decor a fazer uma versão basiquinha e incompleta do que foi programado e isso é foda de frustrante pra todo mundo. Tenha em mente que:
a) o tempo mínimo de montagem de uma decoração cuidadosa é 4 horas
b) se você tiver itens pessoais ou emprestados de parentes e amigos, eles precisarão ser retirados. A casa de festa te dá tempo pós-festa para a retirada? Se não, eles se responsabilizam pelo que ficar lá dentro? 

3. Para locais muito fechados e/ou casamentos em época de muito calor (ou frio); o local disponibiliza estrutura pra que as pessoas trabalhem lá sem morrer?
A noiva pode estar linda e bela se arrumando, tomando seus bons drinks no hotel mas, enquanto isso, a galere tá lá no local da sua festa ralando pra tudo estar gato no casamento. O mínimo de infra estrutura é necessária para iluminador, decoradores, boleira e demais amiguinhos que atuam no pré-casório, a começar por um bom sistema de ar condicionado, quando o local é fechado e abafado ou frio de doer (pro pessoal do Sul essa questão pode ganhar contornos dramáticos no período de inverno). Já vi DJ desmaiando por conta do calor e a casa de festa não dando a menor fodinha. A coisa é séria! O pessoal quer economizar, claro/sempre, e acaba descambando pro desumano. O resultado é um trabalho que não sai 100%, executado por um pessoal que não rendeu o que poderia render. 
Você vai ter de pagar algo a mais pra ter essa infra? Quanto? Avalie se o valor cobrado é razoável - os lindos do Real Astória cobravam papo de 300,00 por hora de ar condicionado ligado pré-evento =O - e, se não for, conteste!
  
 4. O local dispõe de segurança? Monobrista? Recepcionista? Pessoal pra cuidar da limpeza do banheiro? Para limpeza da casa?
Gente, isso aí é coisa super séria!!! Pessoal para cuidar do banheiro ao longo do casamento é o tipo de coisa que a gente só lembra quando precisa e, bem, acho que você não vai querer descobrir o quanto precisava daquilo quando estiver diante de um apocalipse dos dejetos.
Segurança e recepcionista são  pessoas importantes quando sua casa de festas fica em lugar muito exposto. O segundo serviço, caso não esteja incluído na casa, pode ser feito pela equipe de cerimonial, então procure ver isso se for plano de vocês fazer cara-crachá na portaria do evento. Já o manobrista é o cara que vai evitar stress quando o local da festa não tem estacionamento certinho e é necessário fazer um fengshui automotivo pra caber todo mundo.
São todos itens que podem ou não estar inclusos na sua casa de festas. Você precisa verificar o que realmente vai ser preciso avaliando seu caso específico. Se informe de tudo pra poder ver com antecedência onde contratar os itens não oferecidos com certa antecedência. 

5. O contrato dispõe de cláusula sobre modificações do espaço?
Na boa véi: nunca tem! Isso aí é um lance que os noivos precisam começar a exigir porque geralmente as casas te obrigam a não quebrar, não furar, não pisar na grama, não colocar o dedo no nariz, mas eles podem pegar o lugar, demolir e fazer outro sem nem te mandar um SMS (seja antes ou depois da obra). Já tive 3 experiências bem escrotas com modificações do local sendo que uma delas foi no meu próprio casamento: o cara pintou a casa de lilás, instalou uma churrasqueira de alvenaria bem no jardim e ainda enfiou mil arquiteturas chinesas pra todo canto. Nessas horas a gente percebe a fragilidade do contrato que assinou...
As casas de festa precisam se comprometer a manter a estrutura que apresentam no momento do fechamento do negócio e, caso precise MUITO fazer uma obra, tem que avisar com 4 meses de antecedência a respeito das modificações explicando quais e como elas serão. 
obs: Pode acreditar: algumas casas de festas argumentarão que você precisa visitar o local de tempos em tempos pra saber se ele continua igual. Serinho: qual é a lógica disso?? O consumidor tem que ficar correndo atrás pra saber se ele realmente vai receber pelo que pagou? OLOCO!! 

Não tenho nem palavras pra descrever o quanto fiquei radiante de chegar no Solar das Palmeiras no dia do casamento da cliente e descobrir que dias antes eles tinham transformado o muro de heras da cerimônia no Carandiru

 6. O contrato fala algo sobre a venda do local?
Esse tipo de cláusula volta e meia aparece aqui e ali. Geralmente o que fica acertado é que, caso o local seja vendido, a pessoa será avisada com 6 meses de antecedência e que, caso o evento esteja marcado para dentro dos tais 6 meses, os contratantes não precisarão se preocupar. Claro, pode dar um bode, você pode ser a noiva bola da vez mas, pelo menos, vocês estavam avisados de que algo do tipo poderia acontecer. 
Se não houver nada em contrato a respeito disso e a casa for vendida de repente, eles vão ter de te ressarcir. Mas vão ter de ressarcir com força! 

7. O local tem restrição a algum fornecedor ou te obriga a exclusividade de fechamento com os fornecedores X, Y, Z?
Isso tem que estar por escrito! Você tem que concordar com essa venda casada essas limitações, ver direitinho se esse arranjo das coisas não prejudica sua vida e seus planos.
Amigues, eu sei que é um saco ter que ficar brigando por detalhes, por cláusulas, por contratar gente que não tava programado... mas vai valer a pena! Acredita!


8. O local se compromete a entregar a casa no dia contratado em perfeito estado, sem zueras? 
Importantíssimo esse tópico pra quem pretende casar domingo! Grama destroçada, garrafas espalhadas, mobiliário da festa anterior, funcionários que não te atendem porque estão com sono atrasado.... são coisas que podem arruinar a calma do dia do casório. Verifique se:
a) A casa está disposta a entregar o espaço lindo e imaculado? Isso tem que estar escrito em letras garrafais no contrato!
b) Há desconto para eventos que rolam no day after de outro evento? Porque ou uma coisa ou outra, gente. Beleza, você vai pegar uma casa meio cagada, mas não é justo você pagar a mesma coisa que a galera do sábado pagou e receber menos. Não mesmo! Recebe menos, então paga menos. Vai ver esse desconto é a resposta às suas preces orçamentárias. 


quinta-feira, 1 de maio de 2014

Passo a passo: fazendo um arco de pinwheels pra decor do casamento



Eis que do aquém do além, surge quem?? Não, não é a Prill!! E sim sua assistente (diga-se de passagem, super competente) Gabi Domingues!  Vocês devem me conhece de Em um casamento vintage num domingo de manhã e de A noiva que casou no Zéfiro com vestido blush ;)

Amei tanto criar o meu casamento que agora meto a mão na massa para as outras noivas também :) Nessa postagem vou falar sobre a minha experiência montando um projeto DIY que foi usado num dos casamentos Vou Casar & Panz.
A rosette, roseta, pinwheell ou flor de leque é, basicamente, aquele leque  que a gente aprende a fazer na escola em dias de muito calor; a diferença é que a roseta faz uma volta de 360º.


É super fácil de fazer! - ou super tranquilo de comprar por aí, no caso da falta de tempo, saco ou de habilidade manual. Você encontra em lojas virtuais como >>essa aqui<< e >>essa aqui<<

Você vai precisar de alguns materiais

 A gente pode fazer as rosettes usando  papel crepom, papel colorido comum (Chamequinho e assemelhados), doiles (toalhas rendadas em papel - lindoo), papel de seda ou qualquer outro papel de gramatura até 180g. A escolha das cores vai de acordo com o seu projeto de decoração: vale usar tonalidades diferentes de uma mesma cor ou usar as cores complementares da sua paleta. Estampas também são super bem-vindas cuidado na hora de misturá-las entre si hein!Atenção às instruções:


  • Com uma folha (de papel crepom), você faz dois leques grandes de 48cm de diâmetro, mas pode liberar a criatividade e usar diferentes tamanhos quando você sentir mais segurança no negócio. Assim é legal que você varia o seu backdrop.
  • Abra a folha crepom e corte-a ao meio
  • Vá dobrando em linhas paralelas de 1 ou 2 dedos de largura,  como sanfona, até formar um leque
  • Dobre por toda a extensão de 1m do papel (para um tamanho maior), formando um leque
  • Dobre o leque ao meio e grampeie, assim não perderemos a marcação do centro.
  • Você pode cortar as pontas para arredondá-las, se quiser. Isso deixa com um acabamento bacana, mais clean.
  • Abra-o e grampeie unindo as laterais e formando a flor de leque.

pinwheel - leque de papel crepom - monta encanta07.jpgpinwheel - leque de papel crepom - monta encanta08.jpg
Fonte: Monta Encanta  


Um liiindo backdrop para todos encantar


Primeiro, vamos conhecer (e suspirar por) algumas estruturas feitas em Rosettes. Um backdrop dessas lindezas pode ser utilizado pra compor diferentes ambientes da celebração: fica bacana num photobooth, como fundo da cerimônia (em forma de arco ou como um painel pendurado) ou como fundo para a mesa de bolo. Eles vão bem bem tanto em ambientes internos quanto externos.
São várias possibilidades para esse objeto cenográfico super versátil. Você pode conferir aqui em baixo alguns usos do paper wheel (sim, quero todos pra mim!)


Screen+shot+2012-11-15+at+9.15.46+AM.jpg 
 052L-0275.jpg
3-Pinwheels.jpg

abeautifulmesswedding9_thumb.jpg

Partiu montar o arco!

Na hora que criar o arco eu me fodi  eu me deparei com vários dramas! Foi só partindo pra ação, montando e instalando o bichinho, que consegui aprender realmente como se faz uma estrutura dessas. Não consegui pesquisar antes porque estava numa loucura absurda de obra aqui em casa, sem internet e sem condições mínimas para viver mas, com a ajuda do maridão e minhas habilidades manuais Macgyver, o arco saiu e ficou show!   
Antes de sonhar com um backdrop incrível, a gente precisa ter as medidas exatas para elaborar a estrutura ideal pra cada ocasião e espaço. Com as dimensões definidas, é hora de montar a base do arco. A base (o fundo) do nosso arco foi feito com papel paraná de 300g (usei 2 folhas) + cola Cascorez (eu usei a Cascorez pq era a única disponível mas, eu sugiro a cola quente que fixa super rápido ou cola de contato tipo Brascoplasti que segura tudo e qualquer coisa). Uma tesoura grande é melhor que um estilete, nesse caso, porque serão cortes em curvas e a não ser que você seja ninja das lâminas, a tesoura grande vai ajudar a sua vida. Nota vergonhosa - estava sem minhas tesouras grandes e tive que usar aquela pequena de escola para cortar o papel paraná, resultado: uma queimadura de papel na mão (nunca tive isso e nunca achei que fosse possível! rsrsrs)


O passo a passo da brincadeira fica assim:


  • Em um espaço grande - pode ser no seu quintal, no quarto ou você pode me imitar usando a sala de casa em obra hehehe - esquematize a estrutura nas reais dimensões que ela terá no final e marque o desenho no chão com fita crepe ou giz. Nosso arco teve 2m de altura por 1,5m de largura. 

bastidores1.jpg


  • Corte o papel paraná no tamanho e formato que ficou decidido no chão (eu cortei um arco com 20cm de largura)
  • Recorte o papel paraná em tiras de 20 cm. No caso desse arco foram usadas 5 peças sendo 4 tiras retas que foram as laterais e o “teto”, uma tira arredondada que juntou as duas “colunas” de tiras (quase um U de cabeça para baixo) 

  • Coloque as tiras sobre a fita crepe e dá uma conferida pra ver se serão necessárias adaptações nas curvaturas ou nos tamanhos
  • Coloque as rosetes em cima do papel, mas sem colar ainda gente!!! Só para saber se estão em quantidades necessárias. Crie  a composição do seu arco.
bastidores4.jpgbastidores6.jpg

  • Comece a colar uma por uma as rosettes e deixe secar por 2 h em caso de cola cascorez (cola quente seca na hora!!!) 
  • Nomeie cada parte (atrás) para ajudar na hora da instalação: base 1, base 2, meio 1, teto e etc.  

bastidores3.jpg

 bastidores2.jpg

 Finalmente a instalação

Eu criei com o maridão uns ganchos de arame e colei atrás de cada peça, na hora da montagem acabei nem usando porque o backdrop foi usado num muro cheio de heras e amarramos com fita de juta nos galhos (ficou super preso), mas a ideia do gancho é válida pra outros tipos de parede então fik dik.  
bastidores5.jpg

No final, umas 5 pessoas ajudaram na execução, montagem e críticas. O tempo total que levei para construir de forma confortável, relax e sem pressa foi de um dia. No outro dia consegui levar tudo andando em uma sacola grande. A montagem demorou pela adaptação para o ambiente, mas no final, cantei, chorei...amei! <3 Hoje faria de acordo com o que aconselhei aqui, foi uma loucura montar e conseguir executar esse arco! Então o sofrimento e a insegurança fazem parte...

Dica master: conheça antes o local onde seu arco vai ficar - saiba saber onde ele vai ficar e avalie as condições do espaço pra não ter erro na hora da montagem. Ah sim! Para o casamento onde criamos o arco, a noiva optou por comprar as rosettes no Etsy e depois, percebendo que a quantidade que tínhamos ainda deixava o espaço meio vazio, precisamos dobrar algumas na hora OU SEJA: leve papel extra! 




segunda-feira, 28 de abril de 2014

Carol & Chico: às vezes é carnaval e o amor acontece


Teve aquela noite no Méier que não dá pra esquecer. A gente saiu da costureira sentindo que o vestido era mais do que um vestido, ele tinha virado uma humilde peça de arte fruto do nosso próprio sangue, suor, lágrimas e viagens estéticas cósmicas. Uma comemoração era exigida e todas as nossas comemorações envolviam cervejas. Só umas três, só pra ficar marcada a alegria e pra gente conversar uns últimos assuntos antes do casamento. Meu último ônibus pra casa passaria dentro de poucas horas então beleza, tomaríamos umas três cervejas. Um gole pro santo.

Como um solteiro psicótico com o controle remoto na mão, zapeávamos rapidamente de assuntos do casamento pra questões ginecológicas passando por Lacan:

- Pô, adoro Fulano... mas queria chamar só ele, não queria a galera família/agregados. Não dá pra ir a família toda! Eles são maneiros, mas não tenho mais dinheiro, na boa
- ... porque se a tranca do banheiro não funciona, eu não posso ficar com raiva se alguém entra e me flagra cagando. A gente tem que aprender a passar tranca nas intimidades pra depois não ficar reclamando de invasões.

Falamos da vida, choramos pitangas amorosas, financeiras, sociais. Você se lembrou da cirurgia no nariz e eu do meu relacionamento complicado com minha mãe. O garçom trouxe a quarta garrafa. Só pra ficar número par. O clima era de despedida, mas foi aí que a Juliana ligou e disse que tava por perto, resolveu aparecer. Ela pediu uma caipirinha jumbo e fomos obrigadas pelas boas normas da educação britânica a reabrir a conta do bar. Demos mais um gole pro santo.

Eram 3:30 da manhã quando finalmente chegamos ao apartamento da Carol em Copacabana. Eu tinha perdido o último ônibus e, tentando chegar no Centro da cidade, pegamos uma condução errada indo simplesmente parar em Madureira sem um real no bolso. Será que rola táxi no débito?
 - Eu não vou dar esporro, mas tenho que dizer uma coisa: vocês duas são muito mais espertas do que isso. 

O que o Chico disse bateu lá no fundo e acho que você sentiu o mesmo. A gente tinha se metido numa furada escrota típica de bêbadas amadoras. Lembro de não conseguir dormir pensando que era uma confusão aquilo tudo, não, não só o ônibus pra Madureira, mas o fato de que você era minha cliente e eu tava ali no seu sofá usando seu pijama. Aquilo tinha sido um acidente! Quero dizer, eu trabalhar pra você e, ao mesmo tempo, te considerar uma broder da mais alta categoria. Não era culpa de ninguém, cara. Aquela amizade foi um negócio que simplesmente aconteceu, tão natural quanto o engradado inteiro de Brahma que tínhamos acabado de consumir.
Foi com algum esforço que finalmente peguei no sono. 
Vocês foram trabalhar e me deixaram no apartamento (Fica à vontade hein!) fazendo hora pra ir pro analista. As horas foram passando e era engraçado como eu precisava daquele momento e nem fazia ideia exatamente do porquê. Vou ser sempre grata a você e ao Chico por aquela manhã e por aquela tarde de silêncio sentindo uma estranheza inexplicável no corpo, uma mistura de ansiedade com ressaca. Não, eu não fazia ideia de que naquele instante, enquanto eu olhava a floresta e os macaquinhos de Copa, tinha um bebê crescendo dentro de mim... E vou te contar o mais louco: acho que no fundo eu já sabia. Eu soube em algum momento no seu apartamento. Nunca comentei isso contigo porque meio viagem né? Mas, de alguma forma, eu fiquei sabendo que o Joaquim tinha saído com a gente e bebido escondido.

Carol e Chico se conheceram em 2005 no Escravos da Mauá - sabe o bloco de carnaval? Ele chegou cheio de graças e ela tem o riso frouxo, se deixou levar pela conversa do cara, barbudinho, respostas rápidas. 
Chico pediu o telefone dela, tava interessado, mas Chico nunca telefonou. Carol esperou um cado, Carol desencanou. 
Os dois acabaram se esbarrando em outros eventos fluminenses da mais alta importância: jogos do Botafogo, noites no Arco Iris da Rua do Lavradio.. e aquele mesmo padrão: o cara chegava com uma conversa provocativa, risos, delicinhas, pô me dá seu telefone, a menina dava o número. Chico nunca telefonava. Carol desencanava.
Olha, eu também custo a acreditar que chegou o verão de 2009 (!) e o cara ainda não tinha conseguido dar finalização ao processo, mas a Carol tava lá, noutro carnaval, semi-sozinha/semi-acompanhada de um ex e chegou lá o Chico pedindo o telefone dela novamente, chamando pra irem ao cinema qualquer dia e ela tava afim pra cacete mas, na boa, não ia dar o número novamente não:
- Corre atrás do telefone que eu vou.

Para felicidade geral da nação Botafoguense, Francisco Vereza catou o telefone da moça, ligou e finalmente eles puderam consumar uns amassos. Aeeee!
Mas tá que essas coisas nunca são fáceis. A gente encontra aquela pessoa que te faz feliz com a calma e simplicidade que a felicidade precisa ter, mas aí tem ex, tem confusão, tem vai e volta. O amor é assim, o amor não é fácil. Se amor fosse fácil se chamava miojo.
Nossos heróis ainda precisaram de mais um ano pra ajustarem as coisas todas e aí sim o namoro engatou direitinho igual música do Tom Zé com direito a pedido de casamento e tudo.


Foi exatamente aí que surgi na história desses lindos. Ela me mandou um email em novembro de 2012 e o título era assim: opa! Só isso "opa!", com letras minúsculas denotando uma intimidade danada. Achei muito auspicioso o título, escrevi. Ela respondeu dizendo que achou auspicioso eu ter achado auspicioso. Nos encontramos alguns dias depois. 
Adoraria falar uma parada mega profissa, que tínhamos nos encontramos no Starbucks, mas a realidade é que a gente se reuniu num bar mesmo. Meu escritório é na praia. Ela chegou esbaforida, tava vindo de uma caminhada apressada lá da Unirio, já sentou e foi acendendo um cigarro pra se localizar no mundo.Pedimos uma cerveja. Ela começou a reclamar do suor caindo na testa e fez um muro de contenção com guardanapos.
- Cara, eu cheguei há meia hora e só agora to suando? - e passava o guardanapo na testa, nos peitos -  Eu to suando em delay! - pronto, me apaixonei.
Garrafa vai, garrafa vem e ela me falou dela, do trabalho com figurino, da experiência na dança popular, das fantásticas criações que a gente pode fazer usando chita e sobre os planos pro casamento.

O casamento...! Já tinha lugar: Solar das Palmeiras, Botafuego. A ideia era fazer um negócio gostoso, colorido, sem afetações, sem frescura, mas ao mesmo tempo charmoso. Também não podia sair muito caro. Ela e o Chico tinham pensado num DJ da Matriz pra tocar, amigo de amigos. Pra fotografia eles também tinham acertado um contato broder, o viado do escritório faria a make e um dos mil amigos ~disainer~ ia agitar os convites. O clima era bem esse. Ah! Tinha que ter um lance retrô também! Ela perguntou se era viável. Perguntei se dava pra ser mês que vem.
A gente precisava achar um visual que desse conta de comunicar a ideia toda de chique-à-vontade. Tinha que ter  um serviço de comida que favorecesse a galera a circular pelo casamento, tinha que ter um convite criativo que já de cara dissesse às pessoas qual era o clima,  tinha que ter zuera e tinha que ser do amor.
A primeira ideia louca surgiu ali mesmo. A Carol tinha pensado em biscoitinhos da sorte ao invés de bem casados e aí que a fornecedora dava a opção de colocar frases personalizadas em cada um. Geralmente as pessoas escolhiam o nome dos noivos e a data do casamento, mas, por favor não essa egotrip da pessoa abrir o biscoito e ver CAROL & CHICO - DIA TAL ANO TAL.. Mas imagina, apenas imagina, que o cidadão pega o biscoito, morde e encontra lá dentro um papel com o seguinte oráculo


SÓ DE PENSAR QUE SUA BOCA BEIJOU OUTRA BOCA, 
EU SINTO O GOSTO AMARGO DA DESILUSÃO E ISSO É MAL

Gargalhamos bundas! (eu to aqui shorando de rir enquanto escrevo isso). Cafonagens-amor + lances retrô anos 50 misturado com contemporaneidade rasgada: estava definido o conceito do casamento.
Não sei como a reunião acabou. Bebemos. Nada mais me lembro.



A primeira coisa que a gente correu atrás foi de buffet e decor. Carol e Chico fizeram algumas degustações e decidiram sem muitas delongas qual seria o serviço de comes e bebes. Pra decor, fechamos com a Roberta Araujo, com quem eu fazia parcerias na época.Já que economia era uma questão mais do que pertinente, definimos algumas prioridades: 
  • certos itens seriam definidos com menos preciosismo que outros, 
  • ignoraríamos marcas, 
  • estávamos dispostas a embarcar em experiências pouco ortodoxas. 
 Um exemplo maravilhoso disso foram as alianças. Falei pra Carol dar um pulo numa joalheria inferninho da Alfândega, comandada por um judeu mais misterioso que o Batman. Bem, o lugar não é bonito nem convidativo, tenho até vergonha e raramente indico pra alguém (fica num subsolo e as funcionárias criam gatinhos de rua na escada de mármore da loja) mas Carol, a noiva Loki se dispôs a conferir. Você não recebe nenhuma caixa chique azul turquesa nem é tratado como se estivesse no aeroporto de Dubai, mas recebe suas jóias perfeitas, ouro maciço com opção de acabamento anatômico, preço maravilhoso, parcelas suaves. Carol e Chico escolheram uma gramatura lá e saíram saltitantes.

Com docinhos também não rolaram grandes entraves. Fomos direto no fornecedor mais confiável e que oferecia o menor preço + beleza. Pra chegar até ele tem que ir pra Del Castilho? Sim, mas o importante é você manter suas prioridades e a nossa era fechar doces até 20% abaixo do valor médio do mercado. Done.

Já vestido... Isso era parada séria. A Carol tinha pensado em ir em algum estilista ver isso mas.. cara, ela trabalhava com figurino, tinha noções de desenho! Vamos fazer esse vestido!! Bora!!
Procuramos a Gorete costureira e ela nos ouviu com atenção. Não entendeu porra nenhuma das referências, achava tudo muito louco mas se dispôs a fazer hahahaha Como se ela tivesse escolha!!

Primeira visita a costureira: Gorete, empresta um retalhos pra gente? Então, pensamos num negócio assim ó
Os tecidos foram comprados no Saara também (alô Saara, te amo!). Casas Pinto.
Demos sorte na época porque agora a Casas Pinto tá super ruim de variedade de rendas, mas ainda acho extremamente válido ir a campo e garimpar peças interessantes por lá. Foi nesse lugar  que encontramos a renda foda do vestido da Carol. Não foi na Assuf. Não foi na GJ Tecidos - a ideia era investir mais em detalhes como uma faixa/laço de seda na cintura. Mas, olha, foi tenso decidir por aquela compra. A renda era muito anos 20 e o preço ultrapassava as expectativas. Será que daria certo usá-la numa coisa 50's? Como faríamos isso? A ideia já tava indo pra vala quando a Carol esbarrou com uma amiga nos corredores da loja; papo vai, papo vem, a mulher era simplesmente sinistra em assuntos de montagem de figurino e design de moda. Disse que tinha que ser aquele. Tinha que ser. Sabe desses momentos místicos? Então, a gente não podia contrariar e aí a Carol comprou.

Logo no primeiro teste, a renda mostrou a que veio. Linda, interessante, com seus arcotes art déco... Mas não se encaixava no modelo!! Ficou um merda! Tiramos mil fotos. Comprovamos que tava cagado. Desanimamos. Ela desesperou. Eu falei CALMA CARA! mas mal conseguia disfarçar que também estava perdida. Mano, e agora?

Carol foi pra casa agarrada com a renda. Fez testes. Põe arcote de renda pra cá, põe arcote de renda pra lá. Não, pera! Tirou fotos. Podia dar certo sim! Esperança no coração! Marcamos nova prova. Novamente: põe o desenho pra cá, poe o desenho pra lá. Pega a tesoura, tira esse arco, tira essas pedras, encaixa, transforma essa parte em manga, faz o decote nas costas. Passa alfinete em tudo e aí de repente PAAAA!! o protótipo do vestido tava na nossa cara. Vitória do povo de deus!!
As três atiradas no sofá mortas com farofa de cansaço mental, físico, tudo, mas tinha dado certo. Na saída, Carol acendeu em silêncio um cigarro pós-coito. Foi bom pra mim também.

Faltavam um mês e pouco pro casamento quando fomos dar o gás final na decoração. Em algum momento que não sei precisar, de tanto falarmos de Mad Men, eu acho, surgiu a ideia de usarmos formas icones pop e consumo de massa vintage na decor. Hemmer, Guaraná Cruzeiro, Sopa Campbell... Seriam usadas latas como suporte pras flores, junto com garrafinhas. A Roberta deu a ideia de acrescentarmos referências às profissões da Carol e do Chico (ela figurino, ele cinema) e usarmos fitas de VHS como suporte pra docinhos.
Achei as latas de Campbell no Supermercado Guanabara. Hemmer é fácil, tem em qualquer mercadin. As outras eram latas de extrato de tomate normais encapadas com rótulos retrô que achei pra baixar nesse site aqui ó >> http://www.ehabaref.com/blog/2012/01/14/vintage-label-designs/

Tudo definido e, após algum stress, fomos pro Saara comprar as coisas. Carol putona de ter de gastar grana em forminhas (Pra que!?! Não quero comprar essa porra!! Nêgo vai jogar fora!) mas não tem jeito, forminhas são itens escrotos, mas essenciais ao vizu plástico da mesa de doces. Optamos por forminhas mega coloridas, seguindo a paleta do casamento e acrescentando um pink berrante.
Seguindo essa ideia das cores e releituras pop, compramos um tecido estampado que de arabesco colorido (tinha azul, vermelho, rosa...). Arabescos são um padrão super clássico, mas em vermelho tomate ficou outra coisa! Ficou sensa! Recomendo com força usar versões ultracoloridas de ideias clássicas. Confere personalidade à produção, saca? Não pode ter medo de ousar e escolher as mesmas cores e estampas que todo mundo usa. Ainda mais se você vai casar num lugar como o Solar das Palmeiras, que é um casarão antigo de personalidade própria; você tem que vir com elementos que desafiem a arquitetura do local (seja com cores, seja com formas) se não a coisa não aparece. Não pode ter medo! Medo is for sissies!

E foi assim, tarefa a tarefa cumprida que chegamos ao dia do casamento.
Contrariando a tradição, eu estava calma no dia. Era só catar os DIY que estavam aqui em casa, as coisas pro cerimonial e partir. Tudo seria lindíssimo, se não fosse aquele enjoo que eu tava sentindo e que me fazia querer entrar embaixo da cama e morrer. Não dava nem pra raciocinar direito! Mas tinha de catar os caquinhos de mim e trabajar.
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Antes de sair de casa, conferida no grupo super normal de resolução de coisas no WhatsApp: Casamento Bolado
Encontrei a Arajany no Solar. Linda! De avental, turbante (odeio aqueles turbantes dela que não consigo fazer igual em casa!!). Era sua estreia como florista. Nhaaaa <3 Como tava meio desnorteada de enjoo, resolvi focar no buquê. Eu e a Ara tínhamos planejado um buquê horizontal mas ia ficar too much com o vestido volumoso dela! Pensei então em usar tons pasteis e flores delicadas fazendo uma bagunça com as folhagens e espécies mais exóticas que a Arajany tinha comprado pra mim.

Tudo estaria maravilhoso não fosse meu enjoo e a tensão crescente que ia me batendo ao perceber que realmente teríamos muito mais convidados do que o número de mesas e cadeiras comportaria. Sim, teve isso. A história é longa, mas dá pra resumir com a seguinte fábula: era uma vez um urso da floresta muito sociável que tinha uma lista de convidados enorme, só com bichinhos broderes, bichinhos da floresta e da montanha muito queridos que não podiam ser cortados. Fim.
Pra tentar aliviar minha barra, catei uma lousa e escrevi

CASAMENTO OVERBOOKED. CAROL E CHICO SÃO MUITO QUERIDOS, 
NÃO HÁ LUGARES PARA TODOS.
 
Na boa, se alguém leu o aviso eu não sei. Só sei que o povo chegou e realmente não ficou aborrecido com a lotação. Algumas pessoas foram para dentro do salão e outras foram para a área da cerimônia. Pareciam todos felizes e contentes. Só eu ali quase surtando por causa disso e por que o coraçãozinho de feltro que decorava o porta alianças tinha caído e sumido. Odeio quando essas coisas acontecem!  
Mas, contra todas minhas expectativas da neura da limpeza, o buquê ficou pronto, o coraçãozinho apareceu, o cortejo foi organizado e a noiva chegou.

Noiva armada com seu buquê. Diva! Diva de batão vermelho! Diva de unha vermelha! 
Uma cerimônia civil linda: é por livre e espontânea que insistem no intento de se unirem?
SIM SIM! E aí foi beijo e os alunos no colégio que dá fundos pro Solar das Palmeiras, confinados em algum sábado letivo, começaram a gritar e bater palmas.
Aquelas bolas coloridas ao fundo, o vestido incrível da Carol. Chico, me perdoe aí o mal jeito de não estar por aqui também cantando suas belezas, mas sua senhora estava muito sensacional de um modo que não consigo tirar da cabeça até hoje. Tudo se encaixava.... era como se pessoas sóbrias tivessem planejado o casamento LOLL
Organizei a galera pras fotos, o buffet começou a rodar uma comidinha e foi dado início ao que seria o maior consumo de prosecco da história dos casamentos Vou Casar & Panz. As crianças corriam hipnotizadas com os balões de gás hélio no pulso. Algumas pessoas pegaram seu caldo de funghi e sentaram na escadinha da entrada da casa, outras preferiram ficar na área onde foi a cerimônia curtindo um beck a natureza. O DJ tocava faixas do Transa de Caetano misturado com Tecnobrega. 
Em certo momento, Carol pegou o Chico no colo. Mil fotos, mil beijos. 

Era bom estar entre amigos, era bom ver concretizado um bando de pequenas e grandes coisas que você tanto desejou. Com o tempo nesse trabalho você percebe o quanto esses momentos são raros. Preciso das boas lembranças e das boas coisas cultivadas por perto.. Aquele dia fui pra casa e fiquei olhando pro teto no escuro tendo certeza de que meu trabalho só dava certo se fosse daquele jeito. Meu trabalho era loki.

Epílogo
- Olá, sou uma van!
- Meu deus! Você tá enorme!! 
Tinha até esquecido que a gente tava na porta do apartamento de outra cliente minha, achei que tivesse na sala da minha casa! A gente se abraçou e eu tava sentindo uma saudade sem tamanho daquela mulher. 
Ela tinha ido a casa de uma noiva pra ajudar com o vestido. A ideia inicial era só passar, mas percebemos uns defeitos de fabricação/costura que precisavam ser ajustados. Rapidamente, Carol sacou um caderninho e desenhou o modelo. Debatemos as soluções e montamos um plano pra deixar tudo nos conformes. 
Mais tarde, na calçada, fazia frio e o taxi demorava a chegar no Leme. Vivas. Como você tá? e eram meses de assuntos que a gente precisava colocar em dia. Vamos marcar alguma coisa; é a única coisa que a retórica carioca consegue esboçar nessas horas. 
- Uma água com gás? Que tal?
A gente devia trabalhar juntas sempre com vestidos, sugeri. Ela concordou jogando a fumaça pra cima.Mostrou desenhos de figurinos. Seria incrível
- Eu, você e Gorete. A gente podia criar, ajudar a montar looks, ir catar tecido no Saara. Imagina! 
Imaginei... O carro chegou e a gente se separou novamente na Cardeal Arcoverde.Vida de merda! Por que eu morava tão longe? 
- Calma, a gente vai ter tempo! A gente marca - e você falou com uma calma, entrou no táxi novamente acenando da janela na maior calma. E então de repente as pessoas estão na sua vida e você sabe que elas não vão embora porque um contrato acabou. Esses encontros são tão doidos, repentinos. Acabo de lembrar que até hoje não devolvi seu pijama, mas a gente vai ter tempo não é? 
- Manda um beijo pro Chico!! - gritei antes do taxi sair.
Certa vez você disse que algumas pessoas vibram. Você, vocês dois vibram tanto e de uma maneira tão viciante.. quero pra sempre. A cerveja. As conversas no ponto de ônibus. Copa. É assim: às vezes é carnaval e o amor acontece.




~~~OS ENVOLVIDOS ~~~
Local da Cerimônia e da festa: Solar das Palmeiras | Vestido: Gorete (costureira) | Tecido: Casas Pinto | Tiara: Ouvidor 120 | Celebrante: Juiz Paulo Novaes | Maquiagem e cabelo: amigo da noiva | Convites: um amigo fez a arte e a gente montou || Decoração: Roberta Araujo Eventos || Flores: Nega Fulô | Balões: AliExpress || Buquê: Prill com colaboração de Arajany Coêlho | Mobiliário: Mineirart || DJ: Fukô (do Boca do Trombone) || Bolo: Bolos da Marcelina || Doces: RR Delícias || Bem-casados: pães de mel maravilhosos feitos pela tia da noiva || Assessoria e Cerimonial: Vou Casar e Panz com a equipe>> Arajany e Marcella || Fotografia: do querido Henri Passos - Foto & Conceito
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