Quem é. Quem faz.


 
Hello, it’s me you’re looking for?
Trabalhar com casamentos foi uma coisa que aconteceu por acaso na minha vida. Sei que essa é uma forma bem clichê de começar a contar a confusão toda, mas é que ela realmente foi assim: um desses lances inesperados que acontecem na vida de muita gente, mas que eu não imaginava que pudesse acontecer na minha.

Chamada de Priscilla pela minha mãe e de Prill por todo o resto do mundo, sou historiadora por formação, professora por obrigação, mestra por tesão (Brasil Império mon amour!) e cerimonialista por acidente. Foi tudo culpa da lua, da conversa e da música: em meio à escrita da dissertação, eu e o Rafael resolvemos nos casar, fazer um almocinho, reunir a família e os amigos queridos. De repente me vi noiva sem nunca nem ter pensado nesse treco de casamento. Já morávamos juntos, tudo ia tão bem, pra que mexer? Mas seriam só um papeis assinados no cartório seguido de uma comida agradável, não havia mal nisso...

Em dois meses eu já tinha transferido pra minha cabeça todo o conteúdo produzido pela sociedade judaico-cristã-ocidental e me encontrava obcecada pelo tema, pelos detalhes, pelas outras noivas, por tudo! Mas o problema era que 1. nosso orçamento era super reduzido e 2. tudo o que a gente via por aí parecia igual, caidaço e robótico. Decidi que faríamos tudo nós mesmos com a cara e a coragem – os americanos, carcomidos pela crise econômica, estavam entrando nessa e fazendo coisas realmente bacanas. Corri atrás, fui pesquisar o que era viável de a gente fazer, peguei coisas emprestado, assisti vídeos infinitos no YouTube, passei o pires entre parentes e amigos. Comecei a relatar tudo num blog batizado de “Vou Casar e Panz”.

Deu certo. Claro, antes de dar certo deu um monte de coisa errada. Mas muita mesmo: a cabeleireira não apareceu, na hora da festa não tinha nem água pra beber e os amigos tiveram de ir comprar, várias coisinhas que eu tinha comprado pra dar de lembrancinha não foram entregues porque eu não me lembrei no dia que elas existiam, no dia anterior eu não tinha sapato e ainda sofri um acidente de ônibus. Foi loucura! Foi uma irresponsabilidade!

Meu casamento não foi do jeito que eu imaginei. Ele foi qualquer coisa incrível, uma experiência bizarra e intensa que jamais eu poderia imaginar. Com perrengues e tudo, ele foi a celebração perfeita do bem querer imenso que eu e o Rafael temos um pelo outro.

Passado todo aquele momento, comecei a fazer um balanço de tudo e percebi que só havia sobrevivido àquilo tudo porque outras noivas e ex-noivas, a maioria delas mulheres que jamais conheci, estavam ali comigo com suas histórias, dicas e experiências preciosas. Percebi também que, inevitavelmente, havia entrado nessa rede de informações e apoio mútuo recebendo e escrevendo emails milhares sobre o assunto.

Foi aí que, quase sem perceber, tinha sido contratada por uma noiva, por outra e por outra... Caramba! Pulei do trapézio sem rede de proteção, larguei a vida acadêmica e as aulas de história, preparei o coração pra ele receber a coisa nova que estava se desenhando bem na minha cara. Infugível. Assim começava a Vou Casar e Panz – Assessoria de Casamentos

 
Por onde andei...
2009: Licenciatura em História pela UERJ

2009: Extensão em Arquitetura da Informação e WebWriting pela FACHA

2007 a 2009: Cursos de Longa Duração em Antropologia, Sociologia e Literatura Brasileira pela UERJ

2012:
Mestrado em História Social pela UFRJ – Dissertação sobre as relações entre senhores e escravos no Rio de Janeiro do século XIX

2004 a 2012: Burro de carga Estágios diversos na área de História do Brasil e tutoria no curso de Turismo à distância da UFRRJ com assumindo presencialmente as matérias História e Turismo + Patrimônio Histórico. 

2007 a 2011: Redatora na Obvious Magazine – produção de conteúdo e editoração textos sobre cinema, fotografia, literatura, cultura e variedades. Crítica de arte. 

2010: Livreira na Travessa de Ipanema


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